veraneio das urnas

10 coisas que favorecem a reeleição de Marco Alba

Marco Alba na posse de Nadir Rocha como prefeito interino, junto a vereadores do governo | Foto CARLOS ISIDORO

Em uma análise a 23 dias do início da campanha, e a 56 da nova eleição, o Seguinte: lista 10 fatores, por se tratar de política voláteis mas indicativos, que favorecem a reeleição de Marco Alba (PMDB) no ‘veraneio das urnas’

 

1.

VOLUME DE OBRAS

Obras estão sendo inauguradas quase que diariamente, principalmente na saúde, com a UPA da parada 74, a unidade de saúde São Vicente, a Farmácia Municipal, além de quatro creches e, até a eleição, talvez uma centena de ruas asfaltadas.

Ao fim, não é simpatia ou ideologia que ganha eleição. O eleitor quer resultados.

– É a economia, estúpido! – como dizia a célebre frase de James Carville, o famoso marqueteiro de Bill Clinton.

E, com o ‘veraneio das urnas’, Marco ganhou cinco meses a mais para convencer o eleitor de que a casa foi colocada em ordem, os salários foram pagos sempre em dia e as obras só não aconteceram antes devido à ‘herança maldita’ dos governos petistas e a crise nacional.

 

2.

ELEIÇÃO CURTA

Um campanha de 33 dias beneficia quem tem mais assentado o tripé candidato conhecido + estrutura partidária (exército de cabos eleitorais nas ruas) + recursos para campanha.

 

3.

EXPECTATIVA DE VITÓRIA

O estado anímico dos políticos e CCs da base de Marco é outro. Depois do susto de perder a Prefeitura, que para muitos significa um bom emprego, os sorrisos voltaram e há clara expectativa de vitória na base do governo.

Ganhador da votação válida da eleição de 2 de outubro, é Marco que parte de 33.420 votos que, poucos contestam, são sólidos, votos dele, talvez conquistados num momento de menos popularidade que hoje.

Vereadores, como não se viu durante o ‘primeiro turno’, viraram entusiasmados garotos propaganda do governo nas ruas e pelo facebook, e outros antes tímidos apoiadores não deixam crítica sem resposta nas redes sociais.

Mais: sem eleição casada, candidatos a vereador que antes podem ter feito campanha apenas para si, liberando o eleitor para votar em quem quisesse para prefeito, agora revelam o lado até se ficarem em casa.

 

4.

A CANETA NA MÃO

Foi preciso mover um Itacolomi na articulação política, mas Marco garantiu a seu grupo político a manutenção do comando da Prefeitura da terceira economia gaúcha, seus contratos, fornecedores e estrutura de cargos. Com Nadir Rocha (PMDB) como ‘camerlengo da Sé vacante’ até a eleição de 12 de março, a caneta permanece com Marco.

 

5.

MAIORIA NA CÂMARA

O comando da Presidência da Câmara, com Alex Tavares (PMDB), além de toda a mesa diretora ligada ao governo e uma maioria de 12, entre 21 vereadores, pelo menos até o 12 de março garante estabilidade na nova legislatura 2017-2020.

 

6.

ADVERSÁRIOS DIVIDIDOS

A esquerda, como nos anos 50 eternizou o irônico comunista Mario Lago, "só se une na cadeia".

A campanha começará com a mesma divisão: PDT, PSB, PT, PSOL e PSTU terão candidaturas próprias.

Mesmo fora da disputa maior, PT, PSOL e PSTU somaram 5.064 votos no 'primeiro turno'.

Pouco frente aos 182.696 eleitores aptos a votar em Gravataí, mas menos do que isso decidiu a eleição entre Daniel Bordignon e José Mota em 1996.

 

7.

INCERTEZA INIMIGA

Há incertezas e dificuldades nas principais candidaturas adversárias. Rosane não é Daniel. Só um fenômeno de transferência de popularidade do ‘Grande Eleitor’ poderia segurar com ela os 45.347 votos recebidos pelo marido Daniel Bordignon no ‘primeiro turno’.

Já Anabel é uma incógnita. Dos 40.043 votos de 2012, quando disputou a Prefeitura pela primeira vez, caiu para 25.756 em 2016, ficando em terceiro lugar na eleição.

 

8.

ADESÕES DOS OUTROS

Adesões do PSD, como o médico Alberto Rebelato, a empresária Zete Blehm, o administrador Elton Ferreira, o comunicador e vereador por um ano José Marques e outros já acertados nos bastidores, além de engordar o exército da reeleição, fragilizam a campanha de Anabel, que tem como vice o vereador Dilamar Soares de um partido em aparente queda livre.

 

9.

A VOLTA DE PINHO

Com a volta de Francisco Pinho e seu PSDB, Marco pode botar na conta pelo menos parte dos 15,5 mil votos feitos pelos candidatos a vereador de PSDB, PEN e PTN, partidos sob influência do ex-vice-prefeito, que no ‘primeiro turno’ tinha indicado Beto Pereira companheiro de chapa de Anabel.

 

10.

O FATOR DR. LEVI

Aqui, provavelmente o principal movimento de Marco: a anulação do ‘fator Dr. Levi’.

Ainda há expectativa sobre uma subida do médico ao palanque da reeleição, mas só por não concorrer permite a Marco crescer em cima de um eleitorado considerado de seu campo político.

Unidos, Marco, Pinho e Levi venceram as eleições de 2012 com 51.283 votos.

 

Guardem suas paixões

 

Como a política progride enquanto dormimos, e teremos ainda muitos tiros partindo de lábios aldeia afora, é apenas um exercício de leitura do cenário eleitoral, uma análise do momento.

Só em 12 de março saberemos quem melhor aproveitou a paixão dos outros.

 

 

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