coluna do martinelli

10 efeitos da filiação do Dr Levi ao novo partido

Filiação de Levi reuniu filiados e trouxe cúpula do PRB gaúcho a Gravataí

Levi Melo agora é 10, como diz o slogan de seu novo partido, o PRB. Confira uma análise do ‘efeito Dr. Levi’ no cenário político de Gravataí após a filiação, que aconteceu sábado, como o Seguinte: antecipou com exclusividade

 

IMPACTOS NO CURTO PRAZO

1. PRB segue no governo: O PRB continua parceiro do PMDB nos governos Michel Temer, José Ivo Sartori e Marco Alba. Em Gravataí, único vereador do partido Fábio Ávila vota com o governo e o ex-vereador Tanrac Saldanha, que foi vice de Marco em 2016 na eleição anulada pelo TSE, é o secretário da Família e Assistência Social. Num primeiro momento, o PRB não deve pressionar o prefeito por mais cargos.

2. Sem queda de braço no legislativo: O corpo que ganha o partido com a entrada de Levi ainda não será usado para buscar a Presidência da Câmara, na eleição que ocorre na terça da próxima semana. Fábio Ávila, integrante do chamado G-8, o grupo de vereadores que tem um bloco de apoio ao governo para além do PMDB do prefeito, vai votar em Airton Leal (PV) para presidente.

3. Levi segue mais médico que político: Pelo menos até as vésperas da campanha, Levi Melo manterá sua rotina de mais de 12 horas de cirurgias e atendimentos no Hospital Dom João Becker e em sua clínica, a Millenarium. Mesmo assumindo a presidência do partido em Gravataí, o médico não é afeito às articulações, principalmente com o baixo clero, tão necessárias na vida partidária. Alguém deve fazer esse papel. Sem dúvida, alguém ligado à Igreja Universal do Reino de Deus – ainda um sobrenome do PRB.

4. A diferença da troca do PMDB pelo PSD em 2015: A diferença reside na qualidade da relação com Marco Alba. Em 2015, Levi foi atraído para o PSD com a perspectiva de ser candidato a prefeito – o que aconteceu em 2016. Mas vinha do trauma de não ter sido o vice de Marco em 2012, o que o fez desistir de uma reeleição garantida a vereador, e ao que se somou a sua interpretação de que não recebeu apoio necessário do partido, do prefeito e do governo em sua candidatura a deputado estadual em 2014. Hoje, os dois vivem um momento tranquilo. Levi apoiou Marco na eleição de 2017.

 

IMPACTOS NO MÉDIO PRAZO

5. Uma candidatura a Assembleia em 2018: A hipótese mais provável é que Levi seja candidato a deputado estadual. O que de certa forma atrapalha a candidatura de Patrícia Alba em Gravataí, já que atingem um perfil semelhante do eleitorado – pelo menos numa análise mais ideológica.

6. Uma candidatura a Câmara Federal em 2018: Se concorrer à Câmara Federal, o mesmo efeito que teria na candidatura de Patrícia seria sentido por Jones Martins, outro ex-colega de PMDB que concorre à reeleição. Em 2014 os dois fizeram dobradinha, Levi a estadual, Jones a federal. Poderiam antecipar nos confirmas do ano que vem um enfrentamento nas urnas em 2020, como candidatos a prefeito.

7. Uma candidatura a governador em 2018: É uma possibilidade remota, mas que pode acontecer caso o PRB decida seguir o caminho que o PTB testou e deu certo na eleição para a Prefeitura de Porto Alegre: lançar candidato no primeiro turno para depois negociar apoio com o favorito no segundo turno em troca de mais cargos no governo. Levi seria o nome, já que o prefeito de Caxias, Daniel Guerra, precisaria renunciar para concorrer, e os deputados Sérgio Peres e Carlos Gomes são candidatos à reeleição.

8. Uma candidatura a vice-governador: É uma possibilidade forte caso Sartori seja candidato à reeleição e PP (numa aliança com Eduardo Leite, do PSDB) e PSB (numa coligação com Jairo Jorge, do PDT) deixem a base do governo. Como o PTB terá o delegado Ranolfo Jr. como candidato, o PRB poderia indicar o vice numa reeleição do governador.

 

IMPACTOS NO LONGO PRAZO

9. Uma candidatura a prefeito: O sonho de Levi é ser prefeito. Ele foi candidato em 2016 e, na eleição suplementar, queria concorrer novamente, mas o PSD já estava rachado entre o apoio a Marco, a Rosane Bordignon (PDT) ou a indicação de Dilamar Soares como vice de Anabel Lorenzi (PSB). Se a candidatura acontecer, em algum momento provocaria um afastamento do PRB do governo, já que o número 1 da fila para concorrer à Prefeitura pelo PMDB é Jones Martins. Eleito deputado, Levi é candidato natural. Não eleito, a probabilidade enfraquece.

10. Levi vice do candidato de Marco: É a possibilidade menos traumática. Não desmancharia a parceria do PRB com Marco, nem com Jones.

 

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As imagens da festa

 

Clique aqui para ver as fotos e ler o release postado pela assessoria do PRB com a cobertura da festa de filiação que trouxe a Gravataí as principais lideranças do partido no RS.

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