Corpo envia sinais em forma de doenças quando algo não está bem. E a origem desses problemas pode estar na dieta. O Seguinte: reproduz o artigo publicado pelo El País
1. CANSAÇO. Essa é uma das principais consequências de uma alimentação ruim, e ocorre por uma dieta desequilibrada. Silvia Moreno, nutricionista dos Laboratórios Arkopharma destaca duas razões: “O déficit de ferro e vitaminas, em especial as do grupo B, são causas frequentes”. Mas não é só a falta de ingestão que causa o esgotamento: o excesso também. Nas palavras de Alejandro Cánovas, dietista-nutricionista do hotel Royal Hideaway Sancti Petri: “Quando consumimos muito mais gordura do que o necessário, que demora a ser digerida, nosso corpo trabalha muito. Devemos apostar em frutas e verduras, de fácil digestão”.
2. ACNE. Ainda que durante muitos anos o consumo de alimentos ricos em gordura tenha sido associado ao surgimento de espinhas, não existe evidência científica que o comprove. Estudos apontam que o leite é uma das causas, e se acredita que isso se deva ao hormônio IGF-1 presente nele. “Deve ser esclarecido que a principal causa é hormonal, mas os alimentos como o leite e os que contêm muito açúcar podem favorecer seu aparecimento”, diz Moreno, nutricionista dos Laboratórios Arkopharma. Os amantes do queijo e do iogurte estão com sorte: as pesquisas os excluíram da equação, e não causam essas erupções cutâneas.
3. MAU HÁLITO. Ainda que, como indicam as clínicas dentárias Dentix, a halitose pode ocorrer por numerosos fatores (alguns deles: má higiene buco-dental, as cáries, gengivite, o estresse), a dieta também pode estar na origem. Um hálito não desejado pode ser sinal de hidratação escassa e por comidas que durante a digestão formam vapores com mau cheiro como alho, cebola, brócolis, picles, couve de Bruxelas, café e álcool.
4. PRISÃO DE VENTRE. “A causa mais frequente de seu surgimento é a falta de fibra na dieta”, alerta Moreno. A fibra se encontra na fruta, nas frutas secas, na verdura e nos grãos dos cereais, especialmente nos integrais. O consumo suficiente de água também ajuda a regular o trânsito intestinal.
5. CABELO QUEBRADIÇO. O cabelo romper-se com facilidade ao penteá-lo e cair mais do que o comum costuma indicar falta de proteínas. Cánovas fala de uma vitamina em especial, relacionada à alopecia: a biotina. Sua carência deve preocupar, pois se encontra em numerosos alimentos. “Pode se conseguir nos produtos integrais (quinoa, aveia, trigo, centeio, cevada), em peixes, na gema dos ovos e na levedura da cerveja”, diz o profissional.
6. PELE APAGADA. “A dieta pode afetar a coloração da pele e seu nível de hidratação”, conta Moreno. “Devemos beber quantidade suficiente de água para uma hidratação adequada e aumentar o consumo de alimentos com betacarotenos: cenoura, damasco, pimentão, abóbora…)”
7. RESFRIADOS FREQUENTES. Nossas mães já diziam: tome suco de laranja todas as manhãs. “Ainda que não exista unanimidade sobre se a vitamina C previne a aparição de resfriados, é importante tomar as doses adequadas (cítricos, acerola)”, afirma a especialista do laboratório.
8. EXCESSO DE SUOR. Como a acne, a nutrição não é a principal causa de uma sudoração desorbitada. Os genes e determinadas doenças costumam estar por trás desse problema. Mas há certos alimentos que podem induzi-lo. “Devem ser excluídas da dieta as comidas muito quentes e picantes, assim como a cafeína e o álcool”.
9. BARRIGA INCHADA. “Os motivos são vários: os produtos processados, os refrigerantes carbônicos que contêm muito gás e a cerveja estão entre eles”, diz Cánovas. Isso é, uma acumulação de gás no intestino grosso incha a barriga. “Os maus hábitos na deglutição, como comer depressa e exagerar na quantidade, fazem com que se trague ar”, acrescenta Moreno. Também pode ocorrer por intolerância à lactose e ao glúten, de modo que é conveniente uma ida ao médico se após a eliminação dos alimentos apontados o inchaço persistir.
10. IRRITABILIDADE. A alimentação e o humor mantêm uma relação estreita. “As dietas, que restringem muitos alimentos aos que nos acostumamos e até mesmo nos tornamos viciados, geram sensações negativas”, diz Moreno. Mas, sem a necessidade de regimes rígidos, uma má rotina pode afetar. “Provoca um desequilíbrio no apetite da pessoa que traz mais estresse e ansiedade. É feita uma opção pelos alimentos processados e ricos em açúcares que geram um pico de felicidade a curto prazo, mas a pessoa imediatamente volta a sentir fome. Também influencia a culpabilidade por alimentações exageradas fora de hora e opções pouco saudáveis”, afirma Cánovas. Recomendação de Moreno: consumir alimentos ricos em triptofano, como o frango e a banana, um aminoácido essencial para a síntese da melatonina que regula o sono e nos faz mais felizes.