RAFAEL MARTINELLI

Com bênção de Olívio, aniversário de Almansa comemorou frente ampla de oposição em Cachoeirinha; Veja imagens

Almansa comemorou 33 anos com festa política no sábado | Foto JOAQUIM MOURA

A festa de aniversário de 33 anos de David Almansa embrulhou para presente a frente ampla de apoio a sua candidatura a prefeito de Cachoeirinha, com a bênção de um dos petistas mais históricos do Brasil, Olívio Dutra.

– Que Deus abençoe, os anjos digam amém e as eleitoras e eleitores votem – disse o fundador do PT, ex-prefeito de Porto Alegre, ex-deputado constituinte, ex-ministro e ex-governador, no ato que neste sábado reuniu 8 partidos e, pelo cálculo dos organizadores, mais de mil pessoas no salão da Igreja Santa Clara.

Sob atenção de petistas e comunistas ‘raiz’ de Cachoeirinha, como Leonel Matias, Olvari Trisch, Ester Guareschi e Vera Sarmento, a presença da presidente estadual, Juçara Dutra Vieira, da deputada federal Reginete Bispo e dos deputados estaduais Adão Pretto e Laura Sito, além de um vídeo do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula, Paulo Pimenta, confirmou que, além de Almansa ser uma das principais apostas do PT para as eleições de 2024 e o para o futuro, assim como é Sito, sua ‘irmã política’ e primeira negra a chegar à Assembleia Legislativa, tem respaldo político para reprodução de alianças com ex-adversários, como fez Lula na eleição de 2022.

Almansa e Olívio | Fotos Joaquim Moura
Almansa e Laura Sito
Reginete Bispo e Almansa

Os discursos das lideranças políticas locais, e conversas com o Seguinte: nos bastidores da festa, também desembrulharam qualquer embaraço para a aliança acontecer.

– O povo quer mudar, como queria quando cheguei à Prefeitura – lembrou o ex-prefeito José Stédile, com a experiência de duas eleições para Prefeitura, três para a Câmara Federal e a fama de ‘Grande Eleitor’ nas eleições e reeleições dos prefeitos Vicente Pires e Miki Breier.

Do PSB do vice-presidente da República Geraldo Alckmin, Stédile, que hoje é presidente da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul (Fase) do governo Eduardo Leite (PSDB), não está na disputa para ser vice de Almansa, mas tem sido um dos principais construtores da frente que no sábado reuniu políticos de PT, PSB, PV, PCdoB, PSDB, Cidadania, Solidariedade e União Brasil, além de Ester Ramos, do PSOL, mesmo que partido não apoie a coligação.

Stédile e Almansa

– Boa noite companheirada! – saudou o veterano e popular vereador Deoclécio Mello (PSDB), simbolicamente usando uma expressão característica dos petistas, no palanque, ao lado da filha de presidente municipal do partido, Aline Mello.

Historicamente com posições progressistas, a ex-vereadora Jack Ritter (Cidadania), que concorreu a vice de Dr. Rubinho (PSDB) na eleição suplementar de 2022, se disse “em casa”.

A Rubinho, que no discurso destacou o “diálogo dos diferentes para construir a mudança em Cachoeirinha”, Almansa reservou uma menção especial, reforçando as especulações de que ali estava a chapa para eleição.

– Perdeu uma eleição por 300 votos. Poderia ser candidato a prefeito. Mas está aqui, sem vaidade, para mudarmos Cachoeirinha – saudou o petista, lembrando a eleição de 2020, quando o ex-vereador ficou 318 votos atrás do reeleito Miki; no pleito suplementar de 2022, Rubinho ficou em terceiro, atrás de Almansa.

Almansa e Rubinho

– Vamos devolver as chaves da cidade para o povo – encerrou o candidato a prefeito em seu discurso final, apresentado pelo ‘mini-Almansa’, o estudante Cristopher Souza, de 13anos, e ao lado da mãe, Cláudia, e do pai, Paulo, em fala na qual (o que é sintomático neste tipo de festa, recebia mais atenção que o galeto) descreveu sua trajetória política e formação como sociólogo, vindo de uma família pobre, e assumiu compromissos de investir nas escolas, na tarifa zero do transporte coletivo e em definir obras por consulta popular.

Cristopher apresenta Almansa
Almansa com o pai Paulo Borges e a mãe Cláudia Almansa

Ao fim, se no telão de led da organizadíssima festa foi apresentado um ‘arquivo confidencial’ que fez verter lágrimas de Almansa, nada mais há de confidencial na construção da frente ampla de oposição para enfrentar a reeleição do prefeito Cristian Wasem (MDB).

Mesmo provoque diferentes emoções, o estreitamento de inimizades já é uma realidade, como confirmaram as presenças de políticos locais, estaduais e nacionais.

Certo? Errado? Antes as pesquisas e depois as urnas mostrarão se o eleitor ri, chora, ou na eleição municipal se preocupa mais com problemas e soluções para a cidade do que com ideologia e o que chamo ‘MarxDonalds’, que seria uma inusitada chapa Almansa-Rubinho, que foram Lula-Bolsonaro na última eleição.

Inegável é que Cristian, eleito com 51,4% dos votos válidos, e com a estrutura de cargos e obras da Prefeitura, resta favorito. Mas Almansa chega com força. É carismático, tem conteúdo e articulação política para unir jovens e cabeças brancas.

Se não for prefeito agora, provavelmente um dia será.

Almansa se emociona ao assistir ao ‘arquivo confidencial’ com depoimentos sobre sua vida

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