R$ 20 milhões é o custo estimado para obras de duplicação e macrodrenagem que o prefeito Luiz Zaffalon (PSDB) projeta como solução para o trecho da ERS-020 que compreende os bairros Neópolis, Rosa Maria, Pôr do Sol e o entroncamento com a ERS-118, em Gravataí.
– A conversa está andando muito bem – disse Zaffa, ao Seguinte:, sobre a negociação com o governador Eduardo Leite (PSDB) e o secretário de Logística e Transporte Juvir Costella (MDB) para um investimento em parcerias entre os governos municipal e estadual.
– É uma demanda de extrema importância para a região, que atende a necessidade de uma população superior a 50 mil pessoas. Tenho esperança de resolver este grave problema: trânsito intenso, comércio forte e nos fins de semana um caos. Aquela situação caótica embaixo do viaduto da RS 118 também está na equação – disse.
Clique aqui para assistir vídeo de Zaffa no local, que é um um dos pontos de alagamento de Gravataí.
Como a ERS-020 é estadual, para investir recursos da Prefeitura o prefeito precisaria aprovar junto à Assembleia Legislativa a municipalização da rodovia.
Um complicador é que a ERS-020 está no Bloco 1 – o mesmo da 118 – das concessões de rodovias para iniciativa privada explorar pedágios.
– O governador também quer resolver o problema – garante Zaffa, sobre as obras que foram uma das promessas da campanha de 2020; portanto, antes da apresentação do programa de concessões.
Ao fim, caso novo estudo do Bloco 1 preveja pedágio na ERS-020, antecipo que restará municipalizado o mesmo debate que se trava sobre a ERS-118, que pode ser concedida para a iniciativa privada após R$ 400 milhões em investimentos públicos.
“Advogando para diabo, pergunto: mas, e agora, o que será da 118?”, escrevi, em Free flow: cancelas abertas para ‘pedágio gourmet’ na ERS-118 e 020; As forças de Gravataí, o agora, o depois e o advogado do diabo, sobre a manutenção e obras ainda necessárias na duplicação seguirem sob risco sem a concessão – projeção do próprio governador.
Estaciono a mesma dúvida sobre a 020: se for concedida e os investimento privados demorarem 10 anos, por exemplo, até lá “o que será da 020 na Neópolis?”.
Inegável é que, mesmo que seja resolvido o problema dos moradores da região, teremos polêmica sobre investir R$ 20 milhões em recursos públicos e a seguir entregar a rodovia para algum grupo privado ganhar dinheiro com pedágio.