O eterno poeta do rock vem sendo celebrado neste ano em que se completam 35 anos do seu encantamento. Em 7 de julho de 1990, Cazuza deixava o corpo físico após muita batalha contra os efeitos da AIDS. Mas sua obra permanece viva e pulsante nas vozes de cantores como o gravataiense Marcos Delfino, que há uma década reverencia o artista carioca com o show Tributo a Cazuza – O poeta vive.
E o trabalho – dedicado, minucioso e feito com muita entrega – de reviver Cazuza levou Delfino a ser convidado para gravar um depoimento para a exposição Exagerado, representando os artistas do RS que seguem os passos do ex-Barão Vermelho. A mostra, que é a maior e mais completa exposição já realizada sobre a vida e a obra de Cazuza, conta com nove salas interativas e imersivas, trazendo figurinos, manuscritos, depoimentos de amigos e de outros artistas, e registros raros do cantor e compositor e está aberta à visitação no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro. (Mais informações no site https://cazuzaexposicao.com.br/ )
Assim como o ídolo, Marcos Delfino também começou sua jornada na música como vocalista de uma banda de rock, a Sigma 7, e depois seguiu em voo solo. Foi aí que Cazuza tornou-se mais do que uma inspiração. “Sempre fui muito fã do Cazuza. As letras e aquela voz com drive (voz rasgada) me atravessavam. Queria assistir shows-tributo e na época que iniciei não encontrava. Fui incentivado por amigos que diziam que o timbre da minha voz se assemelhava ao do Cazuza quando cantava as canções dele. Aí criei um show eletro-acústico como estréia e depois disso o projeto foi só crescendo”, conta o gaúcho.
Hoje, dez anos depois, Delfino é reconhecido por muita gente como o artista “que faz o show do Cazuza”. E o espetáculo tornou-se mais do que um show de música: tem toda uma construção cênica, com troca de figurinos que remetem à três fases da vida do carioca, mas invertendo a linha do tempo: começa com as referências ao último show da vida de Cazuza, O Tempo Não Pára, passa pelo início da carreira solo, e termina levando o público ao histórico show do Barão Vermelho no Rock in Rio, encerrando a apresentação com um Cazuza cheio de vida.
Para o gravataiense, a exposição Exagerado é um evento “que reforça a imortalidade e a força do poeta Cazuza. Leva o visitante a entrar no universo dele: os lugares que frequentava, a praia, a TV, dentre outros”. E fazer parte dos depoimentos que compõem essa mostra deixa Delfino muito honrado. “Para mim é a coroação de um trabalho feito com muito amor e respeito ao artista, à pessoa e à obra”, resume com emoção.
Para finalizar, pedimos a Delfino para sugerir cinco canções para quem ainda não conhece as composições de Agenor de Miranda Araújo Neto, que partiu tão cedo, com apenas 32 anos, mas deixou uma obra que atravessou gerações e segue atual, tanto ao falar de amor quando ao cutucar as feridas e hipocrisias da sociedade. Também fica aqui o convite para conhecer o tributo feito pelo gaúcho: @cazuzaopoetavive
Então, procure em sua plataforma preferida:
1 – Exagerado
2 – Codinome Beija-flor
3 – Nosso amor a gente inventa
4 – Ideologia
5 – O tempo não para