crise do coronavírus

7 a cada 10 morrem na UTI: ’É preciso reduzir ao máximo a circulação das pessoas nos próximos dias’, diz superintendente do Hospital Dom João Becker

Antônio Weston é superintendente do Hospital Dom João Becker, em Gravataí

Antônio Weston, superintendente do Hospital Dom João Becker/Santa Casa, enviou ao Seguinte: o artigo "Luta Contra o COVID-19: Nunca iremos desistir". Para o médico que comanda o único hospital de Gravataí, "a saída para esse quadro grave é a união de esforços de todos os gravataienses"

 

O coronavírus tem se mostrado inimigo terrível! Além de ser invisível, ele se comporta de várias formas com grande poder de modificação e mutação ao longo de curto espaço de tempo. Temos visto um novo aumento dos números, que se explica por um conjunto de fatores, além da mutação. 

O relaxamento das medidas protetivas, como distanciamento social e uso de máscaras tem contribuído para o crescimento no número de casos. Temos que retomar esses cuidados com urgência, no sentido de minimizar a propagação do vírus. Além disso, é preciso reduzir ao máximo a circulação das pessoas nos próximos dias, a fim de evitar uma maior propagação da doença.   

O COVID-19 impõe um grande sofrimento físico aos doentes, além da diminuição aguda da capacidade respiratória. Isso leva a necessidade de oxigênio ou equipamentos invasivos e ainda produz outras sequelas, como falhas da função renal, diminuição da circulação sistêmica, problemas cardiológicos e entre outros. Sem falar nas sequelas tardias como diminuição da capacidade pulmonar, fibrose pulmonar e outras. 

É evidente o grande sofrimento psicológico dos familiares, que ficam angustiados querendo saber informações sobre o quadro de saúde dos pacientes. E têm esse sentimento com toda razão, tendo em vista que os índices de mortalidade é alto.  

Uma pesquisa recente apontou que 70% dos pacientes que vão a UTI acabam falecendo, ou seja, um índice muito elevado. 

Por outro lado, temos um exército de profissionais de saúde que atuam com uma coragem jamais vista em tempos recentes. Trabalham incessantemente, 24 horas por dia, uma dedicação que chega a ser comovedora!  

Por conta da dedicação ao combate da pandemia, muitos estão privados da convivência dos seus familiares há meses, tendo receio de contaminar o seu conjunto familiar. Estamos no Hospital Dom João Becker com um ritmo de trabalho absolutamente intenso, 24 horas por dia, sete dias por semana! Temos contado com o apoio do poder público municipal, para tornar ainda mais efetivas as medidas de tratamento dos pacientes com coronavírus. 

A saída para esse quadro grave é a união de esforços, a colaboração de todos os gravataienses. Seja se protegendo ou exercendo qualquer ação assertiva no auxilio dos profissionais da saúde, vamos todos vencer o vírus. Aqui no HDJB, estamos empenhados ao máximo! Por mais terrível que seja o nosso inimigo, jamais desistiremos da luta! 

 

LEIA TAMBÉM

Superlotação e explosão de 400 por cento nas internações: Zaffa faz o que pode, Miki erra; ‘A onda está estourando em nossas cabeças’

Colapso e lockdown em Gravataí e Cachoeirinha: o apelo dos prefeitos; ’O desastre e o caos podem aumentar’

Gravataí abre leitos na explosão da COVID; Zaffa e Miki ’botam os deles na reta’

Furou a bolha da COVID: Orçamento da Saúde termina em setembro; 2021 não será um ano bom

Contágio e mortes explodem em Gravataí; E o ’Carnaval da COVID’

O preocupante dia seguinte à COVID; Em Gravataí são 10 mil potencialmente sequelados

Sem doses, Gravataí e Cachoeirinha vão demorar mais de um ano para vacinar; Hoje é 56 de dezembro de 2020

Os 50 covidiotas de Gravataí que não quiseram a vacina; Quem usa o SUS merece os nomes

 

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade