Em um mês, as empresas de transporte por aplicativo estão comprometidas a apresentarem às autoridades de segurança da Região Metropolitana informações sobre estratégias e planos para aumentar a segurança dos seus motoristas.
Esta foi a conclusão da reunião, na tarde desta terça, entre Polícia Civil, Brigada Militar, Ministério Público, representantes dos motoristas e representantes das empresas como forma de elaborar uma estratégia para enfrentar o aumento de crimes violentos contra os motoristas de aplicativos. Desde o começo do ano, foram seis casos de mortos ou feridos em roubos ou ataques. Em Gravataí, dois casos são apurados. Conforme a Associação Liga dos Motoristas por Aplicativos do RS (ALMA), desde que eles passaram a atuar no Rio Grande do Sul, 19 foram mortos em serviço.
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No encontro, a diretora de polícia metropolitana, delegada Adriana Regina da Costa, garantiu que os ataques agora serão assunto também do serviço de inteligência e análise criminal. Mas não naquelas atribuições que se está acostumado a ver ações desta divisão, com ações integradas para conter grandes quadrilhas.
— Em nenhum momento tivemos indícios de que os roubos venham sendo praticados de alguma maneira organizada, ou por quadrilha — diz a diretora.
Como já foi caracterizado pelo delegado Alencar Carraro em reportagem do Seguinte: no começo da semana, os roubos a motoristas de aplicativos são os novos "caixas rápidos" do crime. Com criminosos que se aproveitam da oportunidade. O problema das investigações, em geral, está na hora de obter as informações de cadastro, corrida e pagamento junto às empresas para as quais atuam as vítimas.
Segundo Adriana, as investigações seguem com os delegados de cada área, mas eles serão auxiliados pela divisão no papel de pressionar as empresas a fornecerem as informações necessárias a cada apuração.