coluna do cidade

Carvão de uma estrela morta

De ondas telepáticas

O confessor das crianças apáticas

Um anjo em plástico morre

De lágrimas práticas

Ao lado dele

Verei os olhos se renovarem em pele

Nos cânticos de amor e tempestade

Nas várzeas

Eu, contudo, filtro pela sala antiga

As ruínas e a modorra

De amante ou amiga

Rainha ou rei

Ou

Profeta na masmorra

A morte eu velei

Já que antes de tudo

Mendigo sortudo

Na cama da princesa deitei

E com os cotovelos rotos

A sujei.

E, em punição, do veneno bebo litro.

 

 

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