A previsão da secretaria estadual da saúde é de que parte dos novos profissionais inscritos no edital do programa Mais Médicos lançado na semana passada pelo governo federal começarão a atuar ainda nesta semana no Rio Grande do Sul. Diferente dos grotões do país, Gravataí, onde nenhum se apresentou ainda e não há informações oficiais sobre datas em que os substitutos dos cubanos estarão atendendo, não deve enfrentar problemas de preenchimento das vagas devido à proximidade com a capital, Porto Alegre.
Porém, conforme o cronograma do ministério da educação que prevê a substituição pelos novos médicos até a metade de dezembro, cerca de 5 mil atendimentos podem deixar de ser feitos só em Gravataí.
LEIA TAMBÉM
COM VÍDEO | Quem perde sem os cubanos em Gravataí
OPINIÃO | Menos médicos: o que prefeitura pode ou não fazer
OPINIÃO | Saída de médicos cubanos é desastre para Gravataí
Há interessados inscritos para as 630 vagas para municípios gaúchos, segundo o diretor do departamento de ações em saúde. Elson Farias, disse nesta segunda ao GaúchaZH que alguns profissionais já estão se apresentando nas prefeituras para entregar a documentação. No entanto, ainda não foram divulgados os municípios que estão recebendo os primeiros profissionais.
Conforme o cronograma, os médicos chamados devem procurar a secretaria da saúde do município. Em seguida, o gestor em saúde da cidade verifica, aprova e inclui todos os documentos no sistema do ministério da saúde. Estando tudo certo, o profissional está apto a trabalhar.
Pela internet, o profissional consegue verificar em quais municípios há vagas disponíveis e confirmar o interesse. O cronograma do governo federal prevê que os médicos se apresentem no máximo até o dia 14 de dezembro.
No dia 18 de dezembro, o ministério da saúde promete publicar a lista com todos os nomes dos médicos que estão atuando e também as homologações.
O médico tem que ser formado no Brasil. Em casos da graduação ter sido feita no exterior, é preciso que o diploma tenha a revalidação do ministério da educação. Eles recebem uma bolsa formação no valor de R$ 11,8 mil por mês e ajuda de custo inicial para moradia e deslocamentos.
Inicialmente, cada profissional trabalha 32 horas semanais nas unidades básicas de saúde. Outras oito horas são reservadas para realização de cursos, sendo a maioria por aulas online.
Em todo o país, 97,2% das vagas do novo edital do Mais Médicos já foram preenchidas, conforme o ministério da saúde. Até o meio-dia desta segunda-feira, 8.278 profissionais haviam se cadastrado.
LEIA TAMBÉM
