O que o colunista descobriu sobre o mega-empreendimento que, em alguns círculos, é chamado de condomínio do aviãozinho e que há algum tempo é um jogo tipo empurra-e-puxa?
Ou seja, no melhor estilo será que sai, será que não sai…
No começo de novembro do ano passado publiquei aqui – com exclusividade! – que o município de Glorinha estava por ganhar um condomínio de luxo que teria, até mesmo, pista de pouso para aviões de pequeno porte.
Coisa para deleite e conforto dos próprios moradores que poderiam pilotar seus brinquedinhos aéreos em deslocamentos à capital dos gaúchos ou para outras cidades e estados lindeiros.
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Mais duas
Depois disso, pelo menos mais duas matérias foram publicadas por mim aqui no Seguinte: dando conta, a primeira, da implosão das pretensões de um grupo de investidores com base na Serra Gaúcha, ali por Caxias do Sul mesmo.
A outra, voltando atrás e com a fala do próprio prefeito Darci José Lima da Rosa (PRB), dizendo que até na porta secretaria estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável ele andou batendo para defender a liberação do projeto.
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Pois hoje um passarinho verde daqueles imponentes, impolutos e portentosos que frequentam aquela Área de Preservação Ambiental entre a RS-030 e a BR-290 (Freeway) à esquerda de quem vai se refrescar na praia e pouco adiante da Fibraplac, me confidenciou: sai!
Pelo menos tem tudo para sair, ou seja, para acontecer o investimento que deve somar alguns milhões.
Se não, vejamos:
1
A escritura da área com cerca de 140 hectares transferindo a posse do atual proprietário para o grupo de investidores deve ser assinada nos próximos dias. Se já não foi assinada, com firma reconhecida em cartório!
2
O imbróglio que significa a linha de transmissão de alta tensão da Eletrosul, que inviabilizava a pista de pouso dos aviãozinhos, também está sendo equacionada e de comum acordo, ao que parece.
3
Ainda sobre essa linha da Eletrosul, ficou acertado na base do “fio do bigode” que ela seria construída no lado direito da Freeway, em área também comprada pelos investidores, cerca de 20 hectares.
4
Também sobre essa linha de transmissão, como ficaria (à direita da Freeway) em área de intensa atividade ecológica, estudos indicam que ela poderia passar para mais próximo da RS-030, viabilizando o empreendimento.
4
O que se sabe por último é que a construção de novas linhas de transmissão da Eletrosuldevem ser licitadas outra vez, o que favoreceria aos investidores dada a possibilidade de mudança de local em um novo edital licitatório.
5
Por fim, os investidores, que trabalham como se fosse uma holding financeira, não estão para brincadeira. Para um investimento relativamente baixo (compra da área, licenciamento, arruamento e infraestrutura) querem levantar alguns milhões em vendas.
PEQUENO DETALHE
O pássaro verde de plumagem viçosa disse-me que cada terreno em um condomínio com tal padrão (até pista de pouso) é vendido em situações parecidas e em outros estados por algo em torno de R$ 1 milhão, ou mais. Aqui seria diferente?
Se confirmar o empreendimento a expectativa é que as vendas superem a marca dos R$ 200 milhões. Na negociação da área, para se ter ideia, o atual dono quer como parte do pagamento pelo menos 20, quem sabe 30, dos terrenos que serão ofertados.
A frase
Pelo sim, pelo não, fico com uma frase do prefeito Darci Lima da Rosa na última conversa que tivemos, por telefone:
— Aqui em Glorinha nenhuma ideia morre. Pode acontecer, como já aconteceu, mas é contra a nossa vontade. Se depender da gente (o projeto) não vai morrer — afirmou o prefeito, há cerca de um mês, ao colunista. O link desta matéria também está logo aí, acima.
