Acertou o prefeito Miki Breier (PSB) em dar apoio a realização da primeira ‘parada gay’, que neste domingo reuniu um monte de gente no Parcão.
É um gesto gigante de tolerância nestes tempos onde a comunidade lgbti anda com medo e deixa mães e pais preocupados ao sair às ruas carregando a bandeira com as cores do arco-íris.
E a ideia da parada foi justamente reunir famílias, tratar a questão por um ângulo diferente e, neste momento, talvez necessário, para desarmar os espíritos: o das mães, que testemunham o preconceito e a depressão que a homofobia causa em suas crianças.
Talvez Miki caia no ibope com os fiscais do derrière alheio, numa Cachoeirinha onde sete a cada dez votos foram dados ao bolsonarismo na campanha em que o ‘kit gay’ foi a fakenews mais compartilhada nas redes sociais.
Talvez não. Quem sabe os ataques metralhados por teclados no Grande Tribunal das Redes Sociais sejam apenas ‘brincadeira’ de alguns, a velha desculpa que voltou à moda para justificar bullying com os direitos civis?
Inegável é que o prefeito foi tão corajoso quanto ao pegar a boa contramão do senso geral e abrir as fronteiras para vinda de imigrantes venezuelanos.
– A Parada LGBTI é mais uma demonstração de que a cidade é de todos. As diversas etnias, nacionalidades, crenças, orientações fazem parte de nossa história – argumentou Miki, na festa onde se apresentaram mais de 40 artistas, entre drag queens, DJs e MCs, sob o comando de Magnólia Summer.
– Para a comunidade LGBTI esta é uma luta que ficará marcada na história de Cachoeirinha. Estamos orgulhosos. Queremos promover anualmente – comemorou o idealizador da parada e intérprete da drag apresentadora Ricardo Cavalheiro.
O evento, feito todo com parcerias, não teve custo para a prefeitura. O que é um bom exemplo que fica para outros eventos, como festas do tradicionalismo ou marchas religiosas.
Debite as críticas na conta do preconceito.
Aos que acreditam: “Quem ama conhece a Deus”. Carta de João (I, 7)
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