coluna do cidade

Das nádegas até o coração – o amor é a resistência

Irmãos e irmãs, amem como se fosse o último dia do amor

Numa camaradagem explícita de alegria

Numa fraternidade exposta em beijos e beberagens até a vertigem

Não estamos aqui de passagem, não estamos aqui como estávamos ontem

Não estamos aqui em vassalagem

Estamos aqui entre a maré e a margem

Com nossos corpos de vidro fechados

Terás a mim em ternura

Terei-te em ternura

Seremos ameaçados

E partilharemos o medo

E o desejo em segredo

Dos olhos pavorosos

Que cingem corações

De pestilenta embocadura

Nossos magníficos crânios

Em famigerada tortura

Em nome da família

Que não é a minha

Em nome de quem diz a palavra terror

Como se dissesse gerânios

Como se fosse o mal, uma flor

Que já assombra do ventre

Irmãos e irmãs, amem como se fosse o último dia do amor

Como se o verão nos abrandasse a dor 

Com a fortuna dourada de sua chegada

Estamos fora, mas estamos entre

Os espasmos elétricos de delícias retidos nos lábios

Que seu desprezo me aceite

Por que mesmo com a maldade por vir

Fazendo campos de concentração nossos estádios

Existir e resistir será um grande deleite.

 

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