coluna do cidade

Para quem só quer poder, o rosto do amor é fictício

Você sonha com minha cabeça igual uma

Cabeça de boi embalada em plástico e sangue

Rosto distorcido como num espelho vermelho

Uma língua púrpura pendendo e a face dura

De dente, de gelo, desnuda de pele, de pelo

Mascarada em tortura e flagelo

Os homens de bem sempre foram bons

Em acatar e atacar com monstruoso zelo

A voz de prisão injusta

Está baixa perante outros sons

Mas já se escuta:

É o sangue do novilho

O sacrifício do filho

Em constante

Permuta

E nessa luta

Que o povo pavio

Sozinho

No vazio

Labuta

Ainda no ninho

Toda tardinha morre um filhinho com peito de passarinho

O por vir periga ir-se antes que aconteça

Maldita temporada de cancro crença

De pane cerebral

De todo amor pra todo mal

Mas não se esqueça:

O humilde derrota a hidra

Sem precisar lhe cortar a cabeça.

 

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade