eleições 2018

OPINIÃO | O general Mourão e os indolentes com o racismo

Jair Bolsonaro, Levy Fidelix - aquele da polêmica do aparelho excretor - e Hamilton Mourão, na convenção

O Ministério Público federal anda de jejum mesmo. Não tirou o estatuto da criança e do adolescente da gaveta quando Jair Bolsonaro ensinou a criança a simular uma arma com os dedinhos e também esquece da lei 7.716 para enquadrar por crime de racismo Hamilton Mourão.

– Temos uma herança cultural, uma herança que tem muita gente que gosta do privilégio (…) essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena (…) e a malandragem (…) é oriunda do africano (…) então, esse é o nosso cadinho cultural. Infelizmente gostamos de mártires, líderes populistas e dos Macunaímas – disse o general que é vice do capitão, em palestra em Caxias do Sul, onde ao ligar negros e índios à “indolência” e à “malandragem”, além do potencial crime inafiançável, cuja pena é de um a três anos de prisão, ao falar de populismo poderia bem estar debochando do eleitorado de certo ‘mito’, e que agora é também seu pelotão, a quem ele próprio chamou “parte” de “meio boçal”.

É claro que o próprio – como um Fernando Holiday, ou mesmo como seu presidenciável que defende-se de ação no Supremo citando o genro 'Paulo Negão' – acredita assinar seu habeas corpus preventivo ao dizer: "Sou indígena, meu pai é amazonense".

Nessa anarquia geral da nação, é mais um ‘gaúcho’ a passar vergonha nesta terra de infâmias quando o assunto são negros, índios, quilombolas e gays. Para além de mostrar como são muitos de nós nas façanhas entre civis, não mostra respeito nem pelos colegas de farda, já que por sua ótica está descrevendo a própria tropa, puramente mestiça – hoje ou no tempo da investida mais lembrada de nosso exército, num certo genocídio de crianças paraguaias.

Quantas arroubas de preconceito medem esse Brasil tenebroso, que sob a indolência silenciosa de tantos, curte e compartilha barbaridades como essas, ‘com Deus no coração’?

Azeitonas podres, embebidas em vidas avinagradas.

Mas malandros. 

Sabem que a cada tiro é um voto.

 

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