O CâmaraTur estacionou, mas o ConselhoTutelarTur está taxiando na pista. As conselheiras tutelares Cristiane Moreira e Marilza Pacheco embarcaram nesta segunda, com passagens aéreas e diárias pagas, para o simpósio nacional de fortalecimento do sistema de garantia de direitos, em Barcarena, no Pará, onde apresentam uma cartilha editada em Gravataí.
O Seguinte:, que sempre alertou para os gastos com viagens de vereadores, já tinha revelado há um ano temporadas de viagens de conselheiros.
É assim que começa o desastre.
Os vereadores, que na atual legislatura não tiraram um real em diárias, não pararam de viajar só porque estão preocupados em economizar, ou porque se tocaram de que com os R$ 10 mil que recebem de salários podem muito bem pagar os próprios cursos: foi por sobrevivência política mesmo.
O transponder parou de captar os radares de Brasília ou de paraísos litorâneos somente após a câmara aparecer no Fantástico gastando R$ 1 milhão em viagens – mais do que São Paulo – e a bancada das diárias perder 10 mil votos.
Nos cinco dias na cidade onde fica a famosa Praia do Caripi, as conselheiras tutelares não custarão menos de R$ 6 mil. Pode parecer pouco, mas é um mau exemplo quando já faltou gasolina para carros dos conselhos tutelares e, pelo menos até novembro, há contenção de gastos e restrição no encaminhamento de famílias para os Creas, os centros de referência especializados em assistência social.
As duas conselheiras parecem entender que a viagem é uma grande coisa, já que nesta manhã postaram no Facebook o check-in de embarque no aeroporto com um “Partiu Barcarena!”. O secretário de assistência social Tanrac Saldanha – que já foi vereador e viajava – também parece achar certo, já que assinou a autorização para a viagem.
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