Gravataí teve um crescimento significativo no setor imobiliário, nos últimos cinco anos. Comparável apenas ao ‘boom’ dos vários empreendimentos que lotearam áreas e mais áreas e da construção civil que ergueu prédios e mais prédios, provocado há quase duas décadas pela notícia e inauguração – lá no ano 2000 – do Complexo Industrial Automotivo de Gravataí (Ciag), que tem a montadora General Motors (GM) como carro-chefe, literalmente.
Foi o que disse na noite de ontem o engenheiro Cláudio Santos, que também é secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, no seminário “Gravataí do Futuro – Desenvolvimento integrado”, realizado pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acigra) no auditório da Faculdade e Escola Qi. Cláudio abordou o tema “Crescimento Imobiliário” durante a exposição que fez para o público presente.
— Nos últimos cinco anos tivemos um crescimento muito grande neste setor. Números que nenhum município da região tem. Para apresentar neste encontro elegi 32 empreendimentos, como 10 loteamentos; dois grandes empreendimentos de cunho social, o Breno Garcia e o Novo Mundo; os condomínios verticais que são produtos muito bem vendidos na cidade, mais os condomínios privados — exemplificou.
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Para o Norte
De acordo com o secretário Cláudio Santos, enganam-se os que pensam que a tendência do crescimento imobiliário esteja nas margens da Freeway, em direção ao Litoral Norte. Segundo ele mostrou no painel de ontem à noite, a macrozona de expansão urbana de Gravataí aponta, atualmente, que a região mais propícia à ocupação imobiliária vai do Parque dos Anjos em direção a Morungava.
— São os lugares onde ainda há mais espaço para esta ocupação e que ainda, quase na totalidade, não estão zoneados. Nesta região também há regiões zoneadas e que dependem apenas de ajustes e cumprimento de formalidades para que se dê o empreendimento, de fato — disse.
O que deve colaborar e facilitar novos investimentos nesta área de negócios, disse, é o novo Plano Diretor de Gravataí que ainda está em uma fase de discussão-elaboração para ser submetido à apreciação da Câmara de Vereadores. O atual Plano Diretor é do ano 2000 e algumas das regulamentações nele contidas precisam ser atualizadas.
Cidade de extremos
O município de Gravataí atende todas as classes de rendimento financeiro, na opinião do secretário de Desenvolvimento Urbano. Ao mesmo tempo em que tem dois loteamentos com elevado apelo popular, um deles o maior do Sul do Brasil (Breno Jardim Garcia na altura da parada 103 da RS-030), tem consolidado o Alphaville e em implantação o Prado Cidade, sabidamente destinados a um público de elevado poder aquisitivo.
— Existem os pequenos empreendimentos, de valores mais acessíveis, e os destinados à classe A, como o Prado, entre outros. Há os edifícios na área central, com grife, algo que só se vê em cidades importantes… — relacionou o engenheiro e secretário.
Tudo isso tem um fator que é extremamente favorável, conforme enfatizou, que é a localização estratégica. A posição geográfica é a principal explicação, para ele, do porquê ded Gravataí crescer tanto no que se refere à questão imobiliária. Ele chega a afirmar que o município é, sim, uma “ilha cercada de vantagens por todos os lados” para quem quiser fixar residência ou investir, tanto em imóveis quanto em negócios.
— De todos os nossos (municípios) vizinhos, ou praticamente todos, Gravataí é que tem a melhor localização, tem mais área para ser utilizada em investimentos, ou seja, como se diz, “temos gordura para queimar”.
HOJE E AMANHÃ NO SEMINÁRIO
No futuro
1
Cláudio Santos acredita que Gravataí deve ter, em 10 anos, uma população em torno de umas 350 mil pessoas, crescimento de mais de 20% em relação aos pouco mais de 270 mil habitantes de hoje, segundo o IBGE.
2
Nos últimos cinco anos Gravataí passou a ter mais 35 mil veículos circulando nas ruas. A seguir este ritmo, daqui a 10 anos serão mais 70 mil automóveis e veículos de transporte de passageiros e de carga na cidade.
NO VÍDEO
O crescimento populacional e de investimento em imóveis, comércio, indústria e serviços, significa um aumento significativo no contingente populacional. Isso representa maiores exigências na prestação de serviços de saúde, educação, transporte, entre outros.
E o município está preparado para atender esta demanda crescente? Confira o que o secretário disse na entrevista que concedeu para o Seguinte:.