Da série me cortem os tubos! Me aguentem ou…
Vou reeditar e contar historinha real que se deu comigo em fevereiro de 2015. Vê se pode!
Saindo de um almoço, no começo da tarde de um dia desses, entrei em uma lotérica para fazer a tradicional "fézinha".
Vai que dá, né?
É que, como todo bom brasileiro, apesar de ser absurdamente cético, acredito que um dia vou ganhar em uma Mega-Sena e contratar a Jussara, que é quem cozinha aqui na empresa, para cuidar da mansão que vou comprar…
A Jéssica vai ficar encarregada das finanças e o Martinelli vai ser meu “aspone”…
Não sei ainda quem vai ser meu motorista particular.
Ao causo!
Na fila da dita lotérica encontrei um antigo colega e depois de um abraço começamos a conversar e saber da vida um do outro, filhos, netos, trabalho, estas coisas…
Pessoa de pouco estudo, acho que já aposentado do trabalho braçal, vivente de uma simplicidade gigante!
Ele estava à minha frente, na fila, e depois de sair do guichê, perguntou meu destino.
Como tínhamos a mesma direção, resolveu me esperar.
Ele permaneceu o tempo todo com o volante na mão, mas tinha guardado a aposta feita na Mega-Sena, isto eu vi.
Na rua, convidei-o para um cafezinho, ao que se negou, e decidi andar mais um pouco ao seu lado.
Quando nos aproximamos de uma outra lotérica ele se despediu dizendo-me que chegaria ali para fazer uma nova aposta.
Meio que surpreso, tive que perguntar:
– Mas tchê, tu não acabou de fazer uma aposta?.
– É, mas vou fazer outra aqui – disse ele, mostrando o volante com as mesmas seis dezenas que havia apostado uns cinco minutos antes.
– Mas tu não vai apostar os mesmos números, né? – voltei à carga, já meio desconfiado da resposta.
– Vou sim, ué. Aposto sempre numas três ou quatro lotéricas. Quanto mais a gente apostar, mais chance a gente tem. Vai dizer que tu não sabe disso?
Então tá.
Por estas e por outras que eu falo: para o mundo que eu quero descer! Ah, aproveita e me corta os tubos.