coluna do cidade

Coisa mais mel de todo dia

Quebranto

E pranto

Família como forma de extorquir dinheiro

Uma casa em reforma

Um almoço com preço exorbitante

Turistas espiritualistas

Vampiros psíquicos

Com refil de refrigerante

E anedotas simplistas

Previsões otimistas

Sobre anjos radiantes

Sobre anjos galopantes

Sobre anjos gentis

E gigantes

E terrível soa

Atroz tanto tórrido

O primor dual

Que sagra o fogo primordial

– hoje é dia de jogo –

Desce da palmeira, depressa!

Que a deusa nórdica

Te espera (seria ela uma ilusão de ótica?)

Com disco voador na cabeça e uma civilizada doença

Te fez uma macaquinha* com a sobra do banquete

De brasilidade exótica

De moranga-meteoro – adoro! – confete

Tua cruz no varal – tua voz vende o vendaval

Qualquer coisa super

Qualquer coisa marginal

Teu beijo tem o gosto de higiene bucal.

 

 

*macaquinhas são as sacolinhas com sobras de refeições penduradas em árvores

para pessoas em situação de rua.

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