eleições 2018

Em Gravataí a presidenciável mais à esquerda do país

Vera Lúcia Salgado, na TV Folha

Gravataí será capital do PSTU, o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), neste sábado. Em um ato às 15h do sábado, na sede do partido na Rua Brasília, 174, parada 86 do Parque dos Anjos, a pré-candidata à Presidência da República, Vera Lúcia e o vice, Hertz Dias, apresentam no Rio Grande do Sul o manifesto “Um chamado à rebelião! Um projeto socialista contra a crise capitalista”, que você lê clicando aqui.

– O objetivo é discutir com os trabalhadores e trabalhadoras de fábricas, escolas, diversos outros setores e periferias, a construção de um programa socialista nas eleições de 2018 – explica Carine Lemos, que fez 130 votos como única candidata a vereadora nas eleições de 2016, onde o partido, como faz tradicionalmente na cidade, disputou a Prefeitura, com Sadao Makino e Roberto Rost, fazendo 352 votos.

A chapa à Presidência é a cara do partido.

Mulher operária e negra, Vera Lúcia Salgado trabalhou por muito tempo no setor de fabricação de sapatos e é uma reconhecida ativista sindical e política de Sergipe. Natural do sertão pernambucano, tem 50 anos e migrou com parte da família para a periferia de Aracaju, fugindo da seca. Começou a trabalhar como costureira na produção de sapatos aos 19 anos, iniciando aí sua militância sindical. Defendeu o “Fora Collor” junto com a Convergência Socialista e rompeu com o PT em 1992, ajudando a fundar o PSTU.

O candidato a vice Hertz Dias é natural da região metropolitana de São Luís (MA), tem 47 anos e é professor da rede pública. Tem atuação destacada no movimento negro, em especial no hip hop. É um dos fundadores do Movimento Hip Hop Militante “Quilombo Brasil”, com várias ramificações pelo país. É integrante e vocalista do grupo Gíria Vermelha, conhecido no segmento por suas canções de protesto repletas de críticas sociais.

Entre as propostas polêmicas, Vera Lúcia diz que, se eleita, desapropriaria cerca de cem empresas e que a Venezuela não serve de modelo.

– É um Estado capitalista – disse, em entrevista à TV Folha de S. Paulo, que você assiste clicando aqui, onde ela prega a revolução operária e afirma que o modelo mais próximo do ideal seria o dos cinco primeiros anos após a Revolução Russa, em 1917.

 

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