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PAC já era, mas vai sair corredor de ônibus na Flores da Cunha

Miki, Bisch e Biazus assinaram termo de cooperação entre público e privado

Uma parceria para criação de uma faixa semi-exclusiva de ônibus na avenida Flores da Cunha é a alternativa de emergência para o 'tranca-rua' que viraram os investimentos milionários prometidos pelo ambicioso PAC Mobilidade Grandes Cidades e seguem parados no megaestacionamento das obras nunca feitas.

O prefeito de Cachoeirinha Miki Breier (PSB), o superintendente da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) Pedro Bisch Neto e o presidente da Associação dos Transportadores Metropolitanos de Passageiros (ATM), Alexandre Biazus, assinaram convênio de cooperação para elaborar um projeto de pintura de uma faixa prioritária para o transporte coletivo usar nos horários de pico, além de construir recuos nas paradas de ônibus e calçadas para diminuir o tempo das viagens – a principal reclamação dos usuários, conforme pesquisas de satisfação feitas pelas empresas do setor. 

 

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– Precisamos do corredor para ontem – resumiu o prefeito Miki Breier ao Seguinte:, que cobriu com exclusividade e prepara reportagem em texto e vídeo sobre o seminário que reuniu na sede da ATM, em Porto Alegre, políticos e o alto PIB das empresas concessionárias.

Os custos do projeto ainda serão levantados e rateados entre a Prefeitura, o governo do Estado e empresas de ônibus que utilizam aquela que é a principal via por onde passam mais de 100 mil veículos por dia.

– Um ônibus ocupa o espaço de 11 automóveis. No horário de pico, são 20 a 30 pessoas usando um espaço que comportaria mais de 120 em um ônibus articulado – exemplifica Alexandre Biazus.

– Após uma enrolação de mais de cinco anos, já dá para dizer que o dinheiro do PAC não vem mais. Com um projeto relativamente simples, e que está a nosso alcance, poderemos melhorar a velocidade dos ônibus e atacar um problema crônico numa avenida que concentra quase todo movimento e comércio da cidade – projeta Bisch Neto, que antecipa que o projeto deve ser estendido também a outras cidades da região, como Gravataí por exemplo.

 

Siga o que disseram Miki, Biazus e Bisch – também sobre a licitação para as linhas intermunicipais na região, exigência judicial

 

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O PAC que já era

 

O PAC Mobilidade Grande Cidades, lançado pelo governo Dilma em 2013, previa liberação de R$ 67,7 milhões para Gravataí, R$ 31,1 milhões para Cachoeirinha e R$ 28,7 milhões para Porto Alegre, dentro de um total de R$ 324 milhões para dez projetos também em Viamão, Alvorada, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo.

Os 22 quilômetros de corredores teriam faixa exclusiva para ônibus e calçadas com acessibilidade universal.

Diferente da Linha Rápida, que no início dos anos 2000 enfrentou resistências principalmente de lojistas de Cachoeirinha e Gravataí por ‘cortar a cidade no meio’, o Bus Rapid System (BRS) projetava corredores não no centro, mas às margens da Assis Brasil, Flores da Cunha, Dorival de Oliveira e Ely Correa, desde o Terminal Triângulo, na Capital, até a Pirelli, no Parque dos Anjos, em Gravataí.

O trecho de 4,7 quilômetros em Cachoeirinha, que seguia por 11,2 km em Gravataí previa 8,75 km de ciclovia, com bicicletários a cada parada para quem quiser guardar as bicicletas e pegar o ônibus.

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