Ainda com tinta fresca na caneta, Miki Breier comanda a segunda maior prefeitura do PSB gaúcho. Enquanto tenta colocar a cabeça para fora da fumaça da crise deixada pela saída da Souza Cruz de Cachoeirinha, o prefeito se mexe nos bastidores para tentar influenciar nas decisões políticas do partido.
Hoje Miki é no PSB a voz mais forte na defesa da manutenção da aliança com o governador José Ivo Sartori (PMDB), de quem foi secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Social.
– Quando nos aproximamos em 2014 Sartori não tinha 3% nas pesquisas. Ajudamos na eleição e estamos até hoje no governo. Minha posição é que o PSB deve ficar onde está: em um governo que também é dele – confirma o prefeito ao Seguinte:.
A proximidade de Miki com o PMDB é fato. Seu vice, Maurício Medeiros, é peemedebista. Jogam juntos. O que é coisa rara nos palácios dos municípios até o Planalto. E há proximidade, dele e também de seu número 1, Juliano Paz, com o prefeito de Gravataí, Marco Alba (PMDB).
O que está difícil para Miki é combinar com os russos, como ensinou o filósofo Garrincha. O russo, no caso, é um vizinho: José Stédile, seu principal cabo eleitoral nas eleições de 2016 e hoje presidente dos socialistas no Rio Grande do Sul. O popular ex-prefeito do município por oito anos ainda não disse publicamente, mas apesar de ter já ter conversado com Sartori e batido selfie com Jairo Jorge (PDT), gostaria de estar na coligação do ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB).
Quem sabe até abrindo mão da candidatura à reeleição para deputado federal e compondo como vice uma chapa interior-região metropolitana.
Um dos deputados que mais viaja pelas picadas do interior gaúcho, Stédile anda impressionado com o tamanho que está ganhando o menino bonito de Pelotas.