Dilamar Soares foi o único vereador a votar contra a concessão do título de cidadão honorário de Gravataí ao médico Levi Melo, proposta pelo colega de PRB Fábio Ávila, aprovada pela Câmara e com cerimônia marcada para terça, 3 de abril, 19h30 no plenário do legislativo.
Dilamar já tinha cometido isso no 7 a 1 político que Daniel Bordignon levou em 2014, quando também foi o único voto contrário entre os oito que estavam no plenário na aprovação da mesma honraria.
O que impressiona a tantos é que o Dr. Levi foi o principal cabo eleitoral de Dilamar na primeira eleição para vereador, em 2012. Para muitos, o principal responsável, numa articulação do empresário Décio Becker – outro amigo que ficou pelo caminho – com foto juntinho e uma carteira de 20 mil clientes como potenciais eleitores.
Além de outras ajudas.
Levi também foi o candidato a prefeito que, em 2015, Dilamar foi buscar no PMDB para concorrer por seu PSD em 2016, eleição onde o médico mesmo sofrendo um grave acidente levou a campanha até o fim e ajudou o insipiente partido a ter eleita uma bancada de três parlamentares – Dilamar, inclusive.
Antes de sair do partido em 2018, o médico só esteve distante do vereador na eleição suplementar de 2017, quando desistiu de ser vice de Anabel Lorenzi PSB), abrindo espaço para o próprio Dilamar e, só aos 47 minutos do segundo tempo, aderiu à campanha que levou Marco Alba (PMDB) à reeleição.
Certamente o problema de Dilamar não é em conceder a honraria a políticos (pelo menos os que não simpatiza mais), já que em 20 de fevereiro propôs – e foi aprovado por unanimidade – título de cidadão para Miki Breier (PSB), prefeito de Cachoeirinha que foi vice-prefeito e vereador de Gravataí, além de deputado estadual.
Pelo menos para Levi, foi a última vez com Dilamar. Ninguém pede para receber um título de cidadão. Muito menos ser submetido ao constrangimento público da tribuna.
O que o vereador fez, pela segunda vez, foi no mínimo deselegante.