coluna da marta

Meus ídolos não são mais os mesmos

Lembrei-me da música de Belchior, interpretada magistralmente por Elis Regina, “Como Nossos Pais”. Uma das estrofes diz “nossos ídolos ainda são os mesmos”. Com tristeza, admito que os meus não são os mesmos! Por ora, apenas o Papa Francisco é o mais próximo a representar esse papel em minha vida. Não por ser ele dito homem santo, mas porque o vejo como ser humano com a grande virtude do bom senso.

Neste tempo de espetacularização do banal e do vulgar, por um lado afrouxamos o grau de exigência e, por outro, estamos cada vez mais intransigentes com o comportamento das figuras públicas. Queremos que o provérbio “à mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”, esteja sempre presente.

Fico envergonhada com as atitudes de alguns políticos em nosso país – lá em Brasília e cá no Pampa. É um “espetáculo”, mas não é representado por artistas. Estou impressionada com a desfaçatez com a qual estamos sendo tratados. Nossa indignação não ecoa em ouvidos interessados em preservar a própria pele. Por vezes fico estupefata, quase que imobilizada, mas não posso fazer de conta que não vejo e nem ouço.

Essa cultura de que o poder e o dinheiro podem tudo é lamentável.

Não creio que precisemos de heróis, como também não precisamos de bandidos. Fico satisfeita com humanos honestos. Sei que eles existem. Conheço alguns. Estão por todo canto fazendo o bem, em pequenas e grandes doses. Acreditar na humanidade me dá esperanças de que a vida pode melhorar. Utopia? Talvez!

 

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