As novas tecnologias possibilitaram uma fantástica diversidade de espaços para se obter informações públicas, semi-ocultas e até secretas. Nem imagino onde vamos parar!
Tem de tudo! Do entretenimento vulgar aos assuntos sérios, o gesto é o mesmo: apenas um clique no computador, telefone, televisão ou rádio. E neste dedilhar pelos teclados, nessa ânsia de saber tudo o que está acontecendo ao meu redor, veio à minha mente uma brincadeira de infância: telefone sem fio. Lembra?
Pois é: antes que a informação dada pelo primeiro da turma chegue até mim completamente diferente – como na brincadeira – resolvi voltar à outra fase da infância: a dos porquês, junto com a pergunta básica do adulto incrédulo: será? Neste misto de curiosidade e dúvidas estou mudando muitos de meus conceitos e pré-conceitos. O que é certo é certo, o que é errado é errado, isso não muda. Será? Certo é que fazemos escolhas, boas e ruins. O “brabo” é ter que admitir quando fazemos ou dizemos bobagens.
Nesta avalanche de cliques, onde tudo pode ser verdade ou mentira, tenho lido e ouvido impropérios (será que “palavrões” não é menos pedante?) quem fazem corar até o mais tarimbado confessor.
Porque o diálogo é, nestes tempos de emoções exacerbadas, artigo escasso? Será que ainda sabemos dialogar? Onde foi parar a boa educação?
O “politicamente correto” deve estar escondido em alguma gaveta por aí, de braços dados com o respeito, ambos envergonhados pela falta de usuários. Será que dando um clique eles aparecem e voltam a ser praticados?
Aos defensores do “no meu tempo não era assim” ou “no meu tempo era melhor”, lembro que o tempo de agora é o que se está vivendo e, nele, a intransigência a diferentes opiniões está em evidência. A intolerância sempre existiu, mas agora não consegue se esconder.
Acredito que o contraditório é imprescindível, mas é preciso que o diálogo e o respeito ao outro estejam presentes em qualquer manifestação, seja ela escrita, desenhada ou verbalizada.
Como diz a estrofe da canção “ninguém aqui é puro anjo ou demônio, nem sabe a receita de viver feliz”.
Vamos em frente e um “viva” para o diálogo e as diferenças de opinião!
O editor (suplica ou ordena?) que neste primeiro texto da colaboradora ela (eu) faça uma apresentação. Então, informo que:
a) sou curiosa de nascença (portanto, curiosa há muito tempo!);
b) tenho formação em História na ULBRA de Gravataí e em Relações Públicas na UFRGS;
c) sou rotariana;
d) trabalho com comunicação social;
e) adoro 3 G (gente, gatos e gordices);
f) estou casada com o Mário Rocha, sujeito inteligente e de bem com a vida!