Oi gente, tudo bem? Sou o jornalista Vinícius Ferrari e a partir desta semana passo a escrever sobre paternidade aqui neste espaço do Seguinte:. Virei pai muito cedo, aos 23 anos, e embora seja uma experiência maravilhosa, quem é pai sabe que não é tudo um mar de rosas. O tempo de sono diminui, as preocupações aumentam, a responsabilidade precisa entrar em ação e a vida financeira precisa entrar em ordem para tudo dar certo.
Quando descobri que seria papai percebi que seria interessante compartilhar a experiência com as outras pessoas. Criei uma página na internet com o nome de “Oi, filho” onde desde então passei a compartilhar estes momentos em formas de cartas endereçadas ao Beni. Em pouco tempo as pessoas começaram a se engajar com meus textos, marcando futuros papais e usando o blog como fonte de informação.
Hoje o Benício está com nove meses, vai para creche todos os dias e como vocês podem notar na foto que ilustra este espaço, é uma criança extremamente feliz e alegre. A partir desta semana começarei a compartilhar os textos já produzidos lá no blog e também trazer outros materiais sobre paternidade. Espero, de coração, que gostem dos textos e que não deixem de seguir o Oi, filho no Facebook para me dar o feedback do que eu escrevo!
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Apresentação feita, vamos ao primeiro post: As fraldas descartáveis e a historinha do cocô.
Ser o primeiro amigo da roda a ter bebê não deixa de ser divertido. É muito engraçado observar o medo com que os amigos, principalmente aqueles que não tinham contato algum com bebês, pegam com cuidado a criança nova da rodinha no colo. Lá em casa, por exemplo, a namorada de um amigo meu só foi pegar o Beni na terceira ou quarta vez que eles nos visitaram. O medo de pegar no colo, de dar uma mamadeira ou de dar banho estampava a cara de todo mundo. É óbvio que com o tempo essas coisas vão ficando mais normais, e conforme o bebezinho vai crescendo e se mostrando inquebrável, o medo de quase todas as coisas vão indo embora. Quase.
O cocô infantil ainda é um tabu em nossa sociedade (haha)! Lembro da primeira fralda que troquei do Benício, logo nos primeiros dias. Quando os bebês sujam as fraldas pela primeira vez a ficha cai definitivamente: Meu deus! vou viver até meus últimos dias para limpar as merdas que esse menino faz! Juro que eu pensei em fechar a fralda e fingir que não tinha visto. Mas tudo isso piora quando começam a comer papinha, bolacha, gelatina, fruta, comida de gente grande… Mas sabe que trocar fralda não é nada comparado a quando eles simplesmente param de fazer cocô. É um tormento e você vai rezar para ele evacuar de uma vez. Nessas horas poucos são os amigos que trocam fralda suja de cocô e todos acabam voltando a exibir as mesmas caretas de medo/pavor que no tempo que o Beni era só um bebezinho (saudadeeees).
Logo que o bebê sai do hospital e vem pra casa os pais entram em um relacionamento sério com o Google. Pesquisas do tipo: “Manchinha vermelha embaixo dos olhos é normal”, “Tosse seca com intervalos de 1,5 segundos é normal?”, “Por que o sabonete de bebê tem cheirinho bom, dá para comer?”. A curiosidade fala mais alto. Observando o número de fraldas que o Beni gastava por dia resolvi entender o quanto isso representa na coleta de lixo e pasmem, descobri que 2% de todo o lixo produzido pelo homem é fralda descartável. Um bebê usa cerca de três mil fraldas descartáveis durante a vida, elas NÃO SÃO RECICLADAS NO BRASIL e precisam de 600 anos para se decompor. As fraldas surgiram nos anos 80, então seguindo essa lógica toda a fralda que você usou, ou viu na vida sendo usada por seus filhos, netos, primos, afilhados ou parentes ESTÁ EXATAMENTE DO JEITINHO QUE ESTAVA QUANDO FOI PRA LATA DO LIXO. Não é bizarro pensar nisso?
AS FRALDAS DE PANO ESTÃO DE VOLTA, ACREDITE
Bem, fui lá eu atrás de alternativas. Afinal, o que podemos fazer para evitar tanto descarte no meio ambiente? A resposta que eu recebi do MR. Google foi um tanto quanto engraçada: FRALDA DE PANO!!!!
A primeira coisa que eu pensei foi: eca. A segunda também foi eca e até agora eu só consegui pensar em eca. Maaaas há quem defenda até a última instância o seu uso, que consiste em uma peça de material que parece um plástico e que por dentro recebe uma espécie de almofadinha absorvente, que deve ser trocada sempre que estiver suja. Vi amigas minhas nas redes sociais falando maravilhas. Além do óbvio benefício do impacto ambiental quase zero, a questão é econômica também. Um fralda vai do RN ao XXG pois são ajustáveis. E aí, você topa?
A SENSACIONAL HISTÓRINHA DO COCÔ
Já que estamos nesse assunto de me*** vou deixar abaixo a ilustração feita por uma mãe, a artista gaúcha Mauren Veras, no Tiras da Mau, para desfraldar o filho dela. Lá no blog eu costumo compartilhar este tipo de material mas eu juro que não esperava TANTA REPERCURSÃO. Aparentemente o pessoal adorou a história do cocô e teve até marmanjo postando foto no trono pra fazer graça (sim, foi engraçado mas ao mesmo tempo trágico, haha).