Hoje de manhã, fui visitar meus ex-colegas da Embaixada do Brasil em Quito, onde cheguei para fazer um estágio de dois anos, no Setor de Promoção Comercial, em 1980, e trabalhei vários anos mais, como funcionária local, no Setor de Promoção Cultural, ali sim super identificada com o que fazia.
Aproveitei a carona da Nanda, que ia a uma reunião com um cliente e, ao passarmos pelo Parque La Carolina, que ocupa 64 hectares, na Zona Norte da cidade, fiquei encantada com as melhorias feitas por lá. Antes de viajar, volto àquele lugar, para ver tudo tintim por tintim.
Na Embaixada, disseram-me que não posso deixar de visitar, também, alguns parques novos, como o Cumandá — construído no local da antiga Estação Rodoviária, no Centro Histórico, que oferece à comunidade vários espaços para a prática de esportes, além de intensa programação cultural —, e o Bicentenário, que ocupa os 125 hectares do antigo aeroporto de Quito, em cujas dependências foi implantado o Centro de Eventos da cidade. A conferir.
Nanda me deu carona também na volta e, quando chegamos, sentimos da porta o cheirinho do feijão que o Bruno estava preparando para o almoço. Coisa boa!
De tarde, saí a bater perna sozinha, e a minha primeira parada foi no Ministério do Meio Ambiente, que fica perto da casa das gurias. Queria saber um pouco mais sobre a gestão dos resíduos sólidos aqui no Equador.
Em algumas cidades, como Quito, esta questão avançou bastante, e os 200 catadores que reviravam os contêineres de lixo, em busca de resíduos recicláveis, receberam treinamento e passaram a receber um salário fixo, para atuar como gestores ambientais, responsabilizando-se pela coleta do lixo seletivo.
Alguns materiais, depositados pela cidadania em determinados locais, são retirados diretamente pelas empresas que os reciclam. Por exemplo, a Coca-Cola recolhe as garrafas PET; a fábrica de papel higiênico Família, o papel e o papelão; a Flexiplast, que produz embalagens de plástico oxibiodegradável, as sacolas de plástico; e a fábrica de embalagens Tetra Pack, as caixas de leite.
Há, também, contêineres especiais para resíduos domésticos especiais e perigosos, como lâmpadas, pilhas e baterias, tintas, remédios vencidos e pequenos aparelhos elétricos e eletrônicos, além de centros de recolhimento de azeite usado.
Paralelamente, é feita a coleta de resíduos orgânicos com vistas à produção de adubo em 54 mercados municipais da cidade. E a Prefeitura realiza, ainda, em dois locais da cidade, o “Domingo de Tereques” (trastes), nos quais a cidadania pode descartar móveis e aparelhos inservíveis, pneus, colchões, entulho, etc.
Segui dando voltas por ruas pelas quais costumava caminhar, diariamente, quando vivia aqui, entre minha casa e a Embaixada, e terminei chegando ao Multicentro, o primeiro shopping de Quito, cujas construção e inauguração acompanhei na década de 80 e que continua igualzinho.
Aproveitei, então para comprar pão, queijo, leite e “otras cositas más” para o café de tarde, e voltei de táxi pra casa.
E, lá pelas 19h, fomos para a feirinha de comidas típicas do bairro Floresta, cuja maior atração é a “tripa mishqui” (tripas de rês assadas com várias ervas, servidas com batatas), que jamais tive coragem de provar.
Havia por lá vários outros pratos de que gosto bastante, como os “llapingachos” (tortilhas de puré de batata recheadas com queijo, servidas com ovo frito, abacate, alface e linguiça), mas o cheiro de banha de porco e a fumaça eram tão fortes que preferimos jantar em uma pizzaria.
E terminamos a noite tomando gin com suco de "toronja” (grape fruit) e botando conversa fora, duas coisas que esta família adora fazer.
Amanhã tem mais.
E o álbum de fotos:
: Parque Navarro, no bairro Floresta
: Feira de pratos típicos no Parque Navarro
: Feira de pratos típicos no Parque Navarro
: Feira de pratos típicos no Parque Navarro
: Feira de pratos típicos no Parque Navarro
: Feira de pratos típicos no Parque Navarro
: Feira de pratos típicos no Parque Navarro