Saiba com exclusividade quais os planos políticos de Levi Melo. E rememore nos links relacionados a controversa história do médico – nas urnas ou não – personagem das eleições de 2016 e 2017, onde além de sofrer um acidente que o obrigou a fazer campanha de cadeira de rodas, saiu com um prejuízo de quase R$ 1 milhão
O facebook trazia nesta quarta a lembrança de reportagem do Seguinte: de um ano atrás:
Uma Anabel feliz e um Levi com cara de paisagem. O semblante dos dois, ao abrir das portas do saguão da Millenarium, traduzia a aliança definida minutos antes pelas direções do PSB e do PSD para disputar a Prefeitura de Gravataí nas novas eleições.
Neste 6 de dezembro, 365 dias depois do dia onde se criou no anedotário político de Gravataí a expressão Cara de Levi, e de muitas outras idas e vindas na carreira de um dos políticos com menos jeito e malandragem de político da aldeia, começaram a ser distribuídos convites para sua a filiação no Partido Republicano Brasileiro (PRB), no próximo sábado, 9h45, no Garden Eventos (RS-020, 235, parada 61).
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Arrebatado numa eleição à Prefeitura onde foi o quarto nas urnas com 19.420 votos e herdou R$ 320 mil em dívidas, além do mais de meio milhão que tirou do bolso para a campanha, Levi Melo está se desfiliando do PSD – partido onde foi o grande fiador da reconstrução em Gravataí e, com seu prestígio como um dos médicos mais conceituados do Rio Grande do Sul, investimento financeiro e quase a vida, ajudou a eleger três vereadores.
Com uma bagagem de confirmas de 21.723 votos como candidato à Câmara Federal em 2010 e outros 23.365 como candidato a Assembleia Legislativa em 2014, Levi é a esperança do PRB em 2018 como candidato a deputado, ou mesmo como candidato a governador ou vice. E, atualmente entre os mais experientes cotados desde já para a disputa, entra no páreo pela Prefeitura de Gravataí em 2020.
Às 20h30 de hoje, ao final de mais uma de suas jornadas diárias de mais de 12 horas de trabalho no Hospital Dom João Becker e na Clínica Millenarium, Levi Lorenzo Melo falou com exclusividade para o Seguinte:.
Confira.
Seguinte: – Levi é candidato a deputado estadual em 2018?
Levi – Falei ao Carlos Gomes (deputado federal e presidente do PRB gaúcho) que, como se diz lá na fronteira, ando meio jururu com a política. Mas quero ajudar. É muito possível que concorra a alguma coisa, a deputado ou na majoritária.
Seguinte: – Por que o rompimento com o PSD? Além de ser uma das figuras de maior expressão, o partido só atraiu tantos filiados e cresceu por outros políticos terem usado teu nome em uma época onde tinhas uma grande expectativa de vitória nas eleições para Prefeitura.
Levi – Não tenho mais clima no partido. Quando foi decidido que eu não concorreria novamente a prefeito na eleição suplementar de 2017, e eu queria, foi acertado que eu seria o candidato do partido a deputado estadual. Não me chamaram mais para nada e fiquei sabendo que em uma reunião tinham mudado os planos. O vice-governador José Cairoli me ligou pedindo para ficar, garantindo que eu teria espaço para concorrer pelo PSD, mas hoje não me sinto bem, ou querido no partido em Gravataí. Isso sem falar do episódio das contas da campanha. Mas isso é coisa superada, não pedi dinheiro para ninguém, o que botei veio do meu trabalho, e do meu trabalho continuarei pagando as dívidas em dia, até 2018. Meu nome estará limpo na praça, da mesma forma como sempre fui e serei um candidato ficha limpa. A eleição literalmente deixou cicatrizes, físicas, emocionais e políticas. Não foi fácil: enfrentei uma longa reabilitação para recuperar os movimentos normais do pulso esquerdo, com o qual trabalho, voltei a andar sem dificuldade, mas olho para esse passado recente e percebo que, mesmo fazendo campanha contra ordens médicas, em uma cadeira de rodas, alguns me afagavam com uma mão e me esfaqueavam com outra.
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Seguinte: – O prefeito de Caxias, Daniel Guerra, não é evangélico. És católico e ligado à maçonaria. A estratégia do PRB é superar o sobrenome ‘Partido da Igreja Universal do Reino de Deus’?
Levi – Em nenhum momento tratamos da orientação religiosa. É um partido que me agrada por não ter lideranças com envolvimento com a corrupção, coisa rara hoje em dia. O PRB está crescendo muito nacionalmente e tem um grande projeto de Brasil, de Rio Grande do Sul e para Gravataí.
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Seguinte: – O PRB vota com o presidente Michel Temer (PMDB), com o governador José Ivo Sartori (PMDB) e, em Gravataí, com o prefeito Marco Alba (PMDB). Tua chegada muda algo, pelo menos na política regional e local?
Levi – Posso até vir a assumir a presidência do partido em Gravataí, há o convite, mas estou recém chegando e sou cara de construir as coisas coletivamente. Se mudar, é o todo.
Seguinte: – Na eleição suplementar de 2017 abriste dissidência no PSD, que indicou o vereador Dilamar Soares como vice de Anabel Lorenzi (PSB), e apoiaste a reeleição de Marco. Já conversaste com o prefeito sobre teus planos de concorrer?
Levi – Apoiei o Marco na eleição, mas não temos conversado muito. De política, apenas duas vezes: em março e no início de agosto, quando ele me perguntou sobre meus planos. Mas não combinamos nada sobre eleições. Depois só o vi em eventos sociais, como no Rotary e recentemente na Loja (maçônica), quando ele ganhou um carro num sorteio.
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Seguinte: – O sonho de ser prefeito, não acabou?
Levi – Continuo sonhando em ser prefeito, mas tudo tem seu tempo.
MEMÓRIA: Assista entrevista com Levi na campanha de 2016
