coluna do silvestre

COM VÍDEO | Novo carro da GM Gravataí já saiu da prancheta

Marcos Munhoz foi o convidado da última edição deste ano do Almoçando com a Acigra e falou sobre a General Motors e a fábrica da montadora em Gravataí

O vice-presidente Mercosul e vice-presidente Brasil da General Motors (GM), paulista Marcos Munhoz, fez uma passagem relâmpago pela aldeia dos anjos nesta quinta-feira com a finalidade de participar do último ‘Almoçando com a Acigra’ de 2017, evento que reuniu a nata do PIB de Gravataí nos salões do Intercity Premium, na RS-030.

No evento, promovido pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí, Munhoz não fez nenhum anúncio bombástico e nem deu detalhes do veículo que deverá ser lançado pela montadora até meados de 2019. Para o Seguinte: ele confirmou que o modelo já saiu das pranchetas e está sob responsabilidade dos engenheiros da norte-americana.

Já na sua palestra para um seleto público formado por empresários e políticos (prefeito Marco Alba e o presidente da Câmara, Nadir Rocha, ambos do PMDB, além de secretários e vereadores) além de muitos jornalistas (talvez o evento da Acigra que mais atraiu a atenção da imprensa neste ano), Marcos Munhoz se limitou a uma apresentação da GM com ênfase para a fábrica de Gravataí.

 

Terceiro turno

 

A boa notícia diz respeito ao terceiro turno que volta a ser adotado no Complexo Industrial Automotivo de Gravataí (Ciag) e que também já é de domínio público. A novidade, porém, segundo a gerente de Relações Governamentais e Institucionais da General Motors, Daniela Kraemer, é que os 700 novos contratados pela empresa começam a trabalhar no próximo dia 11 de dezembro.

— O terceiro turno também mexeu com o quadro funcional das sistemistas que contrataram mais mil colaboradores. Sem contar que na própria GM mais de 120 funcionários mudaram de cargos — disse Daniela, sem confirmar se isso significou promoção profissional e melhoria salarial.

 

Pisando fundo

 

O tema da palestra de Munhoz no Almoçando com a Acigra desta quinta-feira foi ‘General Motors – Acelerando com o Rio Grande’. Já no início ele brincou que o tema não foi escolhido por ele, embora tenha admitido que a empresa que tem sua sede em Detroit, nos Estados Unidos, tem participação ativa na economia do estado ao longo das quase duas últimas décadas.

E citou que a GM é a ‘número 1’ do mercado no Mercosul – leia-se fábricas no Brasil e Argentina e exportações para outros seis países da América do Sul- com cerca de 19 mil funcionários, mais de 700 concessionárias e 445.642 veículos vendidos no ano passado. E lembrou que a fábrica da aldeia dos anjos produziu desde sua inauguração, lá em 19 de julho de 2000, três milhões de carros.

Números defasados estes que foram passados para Munhoz falar, já que em julho passado escrevi, aqui mesmo no Seguinte:, com informações da própria empresa, que até 20 de julho de 2016 o complexo havia expelido 3.116.601 veículos. Leia a matéria acessando o link abaixo.

 

LEIA TAMBÉM

GM 17 ANOS | Sempre um presente para Gravataí

 

A estratégia

 

O vice-presidente da GB para o Brasil e Mercosul, Marcos Munhoz, revelou, entretanto, segredos estratégicos que não são segredos. Traduzindo: falou o que poderia ser dito sem abrir o flanco à concorrência, cada vez mais acirrada na disputa pelo comprador sequioso por eficiência, baixo consumo e alta tecnologia.

Por exemplo, falou das prioridades estratégicas da empresa.

— Temos trabalhado para, número um, crescer com rentabilidade. Se isso não for possível, faz-se um reestudo para descobrir como viabilizar porque vamos querer continuar crescendo e isso tem sim que representar rentabilidade — afirmou.

 

Prioridade dois: manter a liderança da marca. O Onix, modelo produzido em Gravataí, há 25 meses é o modelo mais vendido entre os veículos de passeio, no Brasil, colocando a GM no topo do ranking de vendas no país.

 

Prioridade três: ter um produto que seja referência no mercado. Neste quesito, voltou a fazer referência ao Onix e relacionou também a S10, picape líder de venda entre os utilitários.

 

Prioridade quatro: ter custos sustentáveis. Manter parceiros que entregue bons produtos a custos aceitáveis pelo mercado, capazes de manter as vendas e sustentar a lucratividade-rentabilidade.

 

— Nós somos líder do mercado nacional há 25 meses. Uma das nossas prioridades é continuarmos na liderança, mas esse é um processo talvez mais desafiador do que todos os outros.

Marcos Munhoz

 

: Marcos Munhoz e o Equinox, modelo de SUV que sucedeu a Captiva

 

INTERESSANTE

 

: No ano 2000, quando foi inaugurada, a fábrica da GM de Gravataí produzia 11 carros por hora.

: Agora, em 2017, passam pelo último teste (de suspensão) da linha de montagem nada menos que 65,5 carros por hora. Oficialmente. Porque extraoficialmente esse número já atingiu 68 veículos montados, por hora, na fábrica de Gravataí.

 

Evolução

 

O VEÍCULO 100 MIL SAIU DA LINHA DE MONTAGEM EM 2001

O VEÍCULO 1 MILHÃO SAIU DA LINHA DE MONTAGEM EM 2008

O VEÍCULO 3 MILHÕES SAIU DA LINHA DE MONTAGEM EM 2016

 

Por quais razões o Onix é o mais vendido do Brasil, de acordo com o vice-presidente Marcos Munhoz:

1 – É um produto conectado com o cliente

2 – A fábrica de Gravataí tem capacidade de fazer um produto alinhado com o consumidor

3 – Devido ao relacionamento da GM com seus fornecedores, governos, sindicatos e funcionários

4 – Em razão do foco da empresa em promover a melhoria contínua

5 – Por causa do sentimento de pertencimento – um carro gaúcho, feito por gaúchos para o Brasil inteiro.

 

Sobre o novo carro

 

Segredo a sete chaves. Essa é a impressão que dá qualquer pessoa do alto escalão da General Motors quando o assunto é o terceiro carro que deverá ser colocado nas ruas a partir do complexo de Gravataí.

O próprio vice-presidente deixou nas entrelinhas o desejo que é da GM de, também com o carro da aldeia, dominar a exportação de carros para a América do Sul.

Marcos Munhoz disse que atualmente são 18 as sistemistas dentro do Ciag, mais duas fora, contra as 14 empresas que forneciam peças para a montadora lá no ano 2000.

Ele admitiu que no complexo houve troca de empresas fornecedoras e que para o terceiro carro produzido em Gravataí algumas operações deverão ser assumidas pela fábrica, uma forma de reduzir custos.

Com exclusividade para o Seguinte:, Munhoz afirmou que o carro já ultrapassou a fase das pranchetas. Também noticiei aqui, no começo de novembro (veja link abaixo) que o carro já está em fase de teste de produção de peças, como a estamparia.

 

LEIA TAMBÉM

EXCLUSIVO | Novo carro da GM já está sendo produzido em Gravataí

 

E o carro elétrico?

 

— Certamente Gravataí vai produzir um carro elétrico no futuro. Mas em quanto tempo isso vai acontecer é impossível dizer agora porque isso depende de uma série de fatores, inclusive de mudanças radicais na fábrica. Mas que isso vai acontecer, pode ter certeza.

 

LEIA TAMBÉM

Gravataí pode produzir carro elétrico da GM

 

Assista em vídeo o que Marcos Munhoz disse hoje para o Seguinte:.

 

 

 

 

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade