O Renato não precisava parabenizar o Inter pela volta à primeira divisão, mas provocação é parte da natureza dele, e pronto. Grêmio tri da Libertadores, e o técnico vai se lembrar do colorado pra que?
Claro que está chovendo resposta, inclusive com insinuações de que o Grêmio só jogou contra ninguém. Mas o que fica na história é taça no armário, faixa no peito e bicho no bolso, e pronto de novo.
Em vez de botar pimenta, o Renatão poderia até ter falado dele próprio ser o primeiro brasileiro campeão da Libertadores como jogador e técnico, com 34 anos de diferença. Seria hora também de destacar mais o fato do Grêmio ter igualado o tri dos até então dois maiores clubes do Brasil ganhadores da Libertadores, o Santos de 1962, 1963 e 2011, e o São Paulo de 1992, 1993 e 2005.
Mas existe um outro aspecto que demonstra o tamanho da conquista do Grêmio, e refere a rivalidade Brasil e Argentina no futebol. Na Libertadores, até quarta-feira, estava assim: em 13 decisões contra argentinos, nove deles e apenas quatro brasileiras.
O detalhe é que dessas quatro duas foram com o último jogo no Brasil, caso de São Paulo x Newell’s Old Boys em 1992, e Corinthians x Boca Juniors em 2012, O Cruzeiro em 1976 só ganhou do River Plate com jogo-extra em Santiago do Chile, e apenas uma vez o Brasil havia sido campeão dentro da própria Argentina: com o Santos em 1963 contra o Boca, e ninguém menos do que Pelé brilhando na Bombonera.
Lá, quatro anos antes, em 1959, o Boca tinha levado quatro gols de Gessy numa derrota de 4×1 com o Grêmio – que, 54 anos depois do Santos de Pelé, é o segundo clube brasileiro que volta da Argentina campeão da Libertadores.
Calcula aí mais isso no tamanho da conquista tricolor!