além da tecnologia

Leituras de avô

 

Minha relação com os livros tem bastante tempo. Fui estimulada desde tenra idade a gostar dos encantados contidos em suas páginas. Morei com meus avós dos quatro aos oito anos. Meu avô fingia que só conseguia dormir se eu lesse para ele. Assim, desde os meus seis anos muitas histórias habitam meu mundo.

A neta de meu marido me fez recordar aquela época. Fomos os três na Feira do Livro de Porto Alegre escolher um presente de aniversário. A menina completou seis anos. Leu os títulos dos livros infantis e escolheu duas publicações de seu agrado. Causou surpresa à atendente a leitura fluente da guria. Nada silábica, mas com palavras e frases completas. Ela é estimulada por toda a família a ler.

Em nossa casa tem livros para ela. A pequena mal sabia falar, mas quando lá chegava ia direto para a cesta de livros, puxava sua cadeirinha de balanço para junto do avô e pedia: lê pá eu (sic). Foi crescendo e o número de títulos e o vocabulário aumentando, mas a prática continuava a mesma. A escolha de um livro, a cadeira e o avô para ler. Neste ano a situação mudou. Ela resolveu ler para o avô. Faz isso muito bem. Às vezes pergunta o significado de algumas palavras.

Na próxima semana começa a Feira do Livro de Gravataí. Durante sete dias a rua em frente à Igreja Matriz será ocupada pelo universo mágico dos livros e das artes. Uma oportunidade ímpar para aproximar os novos leitores de obras que descortinam mundos. As crianças já estão íntimas das engenhocas eletrônicas, logo a partir do nascimento. É tempo de apresenta-las às maravilhas da imaginação capturadas pelo papel.

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