poema de era

Atentem – o por vir será 1984

 

Seremos todos trancados

Em edifícios de concentração

Para o nosso bem-eles dirão-em breve

Seremos abençoados

Com a oração roubada

Escrita por parademonios bem assessorados

Seremos presos em cárcere privado

Por que além da bíblia lemos outro livro

Não beijarei mais meu filho em público

Nem mais beijarei meu pai

Não mais catarei minhas esperanças

Passando minha mão em teus cabelos

Nunca mais além de hinos

Cantaremos de novo

E aos nossos algozes sempre teremos de dizer

Como comprimento

PRAZER EM VÊ-LO, ME HUMILHAR DE NOVO, PRAZER EM VÊ-LO.

E estaremos todos em casa ao toque de recolher

Que tem som de sinos

Seremos assim, de crimes, isentos.

Nunca mais usaremos a palavra coração

Senão em termos médicos

Não haverá mais sexo

Nem consolo, nem consolos

Tudo será dolo

Toda verdade será sem nexo.

Acordaremos, chorando baixinho

Rezaremos a oração nos dada

Nas escolas, nos empregos, nos supermercados

E acusaremos aquele que usou a palavra AMOR

Sem especificar o gênero

Afinal AMOR e´efemêro. eles dirão-

E mataremos o cético

Assim seremos isentos.

Teremos ódio óbvio

Por que sentimos falta das nossas dores.

A pista de dança está fechada

Foram feitas alianças

Temos um só canal

Pra adultos e crianças

Por que partilhamos da mente universal

Temos os perfumes, sentimos falta dos odores

Estamos felizes demais como manda a lei

Dos ditadores pastorais

Mas eu não terei compaixão, meu amor

quando for em lágrimas

Colocarei meus fones de ouvido

Ficarei sozinho, ouvindo o discurso do partido

Que diz como deve agir o bom marido.

Não nos e´ permitido lástimas

Nem carinho.

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