Natural da California, esse artista americano se auto define por combinar habilidades tradicionais do realismo e a energia pura do expressionismo abstrato. Segundo ele mesmo, é o seu esforço para tentar encontrar o equilíbrio entre dois estilos aparentemente sem nada a ver. Ele desafiou a si próprio para criar uma marca do expressionismo realista, que quer usar como ponte para o mundo da arte contemporânea, rotineiramente sisuda.
Para quem sempre ganhou a vida como cartunista, colaborador da revista Mad e outras publicações, William Wray diz que passou anos concentrado numa eclética variedade de estilos de arte. Agora, finalmente, acha que encontrou um rumo. O resultado dessa maturação, evidente nas suas vertentes temáticas – super-heróis, paisagem urbana, interiores, tipos, abstrato – ocupa as telas, assuntos raramente considerados arte.
Para esta postagem, escolhemos a série Super-Heróis: de poderosos não têm nada. William Wray joga ícones famosos, patrimônio do imaginário mundial, em cenários urbanos com a dureza do real, num cotidiano tão sofrido quanto o de humanos. Em vez do comic escapista, os quadros abordam aspectos sombrios das realidades sociais: melancolia, desamparo, angústia, tristeza, depressão. O contraste entre personagens de ficção e um mundo verdadeiro é de doer.
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