Confira o 'número zero' da coluna do Rafael Martinelli, agora em novo formato para assistir (clica abaixo no vídeo), ouvir (clica aqui para ouvir ou baixar o podcast no Soundcloud) ou ler no Seguinte: (o texto está após o vídeo)
O grande negócio da Corsan
Um no púlpito do Palácio Piratini, outro no chão da Associação de Moradores da Morada do Vale. Ideologicamente José Ivo Sartori e Marco Alba concordam com o tamanho – menor – do estado.
Os dois gostam da idéia de parcerias público-privadas. Mas o governador lançou a PPP da Corsan, para nove municípios da região, enquanto o prefeito quer conceder os serviços de água e esgoto só de Gravataí.
Como ainda tem a concessão, a Corsan botou anúncio e pagou matéria em jornal, ainda incluindo Gravataí, apesar da confirmação de Marco de que vai romper o contrato até o fim do ano.
Todo mundo sabe que será uma longa briga no tapetão. Novo Hamburgo, por exemplo, já foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça a indenizar a companhia em 150 milhões pela municipalização feita nos anos 90.
A disputa judicial deve ser assim: de um lado a Corsan cobrando por seus ativos, que são estações de tratamento e redes, muitas com obras em andamento com dinheiro público do PAC. De outro, a Prefeitura pedindo indenização pelos danos ao Rio Gravataí.
Se o negócio sair mesmo, vai ficar para a próxima geração contar no que deu.
Certo é que as concessões, tanto no Estado como em Gravataí, são 8 ou 80.
Ou glória, ou mico.
Vereadores cassados
A bomba da semana foi a cassação de três vereadores pela Justiça Eleitoral de Gravataí. O Seguinte: deu com exclusividade, mas preservou os nomes, já que o processo corria em segredo de justiça.
Mas na semana, Dimas Costa, Dilamar Soares e Bombeiro Batista se manifestaram. Eles foram para o paredão com a condenação da coligação PSD e PRTB, que teve todos os votos anulados pela suposta inscrição de ‘candidaturas laranjas’ para completar a cota feminina.
Todos negam, e mantém o mandato pelo menos até julgamento de recurso no TRE, o que não deve acontecer este ano.
Quem se saiu melhor nas explicações foi Dimas, que foi para as redes sociais na noite do domingo, assim que o Seguinte: publicou a reportagem.
E fez mágica, numa live no Facebook que já tem mais de 6 mil visualizações. Ficou parecendo que tinha sido absolvido, não condenado.
Mostrou que tem um povo com ele.
É candidatíssimo a prefeito em 2020.
A candidatura Alba
Patrícia Alba circulou por Brasília ciceronada por Jones Martins, deputado federal de Gravataí. Devem formar a dobradinha exclusiva do PMDB de Gravataí nas eleições do ano que vem.
Um indicativo forte é que o vereador Alex Tavares, queridinho da Assembleia de Deus, abriu mão de concorrer para apoiar a esposa do prefeito Marco Alba.
Resta observar o ‘fator Paulinho da Farmácia’. Vereador mais votado de Gravataí, fez 13 mil votos concorrendo à Assembleia em 2014. Sonhava concorrer de novo. A expectativa é se fica no partido, ou sai na janela de 2019.
Conselheiro bom ele tem, o raposão Sérgio Zambiasi. Que ao abrir a persiana sabe calcular bem a altura do tombo.
O cara do Temer
Falando em Jones, é hoje um dos gaúchos mais próximos do presidente Michel Temer. O afilhado político de Eliseu Padilha é hoje a cara do governo na CPI da JBS.
CPI engatinha
Engatinhando, a CPI do Ipag pediu os primeiros documentos para cair para dentro das contas do instituto de previdência do funcionalismo.
Como as duas maiores forças políticas de Gravataí estão representadas, Marco Alba com o presidente Alan Vieira, e Daniel Bordignon com a esposa Rosane, ou a CPI dá em tudo, ou a CPI dá em nada.
Efeito Jairo Jorge
Os Bordignons foram ao lançamento de Jairo Jorge a governador, na quinta. Eleito, mexeria com a disputa pela Prefeitura em Gravataí, em 2020.
Como a posição do PDT também mexe aqui caso dois candidatos mais à direita, tipo Sartori e Eduardo Leite, disputem o segundo turno, como aconteceu em Porto Alegre.
CAF encantado
Prefeito Marco Alba garante que o aguardado CAF vira realidade ainda este ano. O presidente do banco virá a Gravataí assinar o financiamento de 100 milhões para obras, como as pontes do Parque dos Anjos.
Notícia boa
Marco conseguiu nesta semana antecipar o 13º do funcionalismo sem empréstimo no Banrisul.
É um bom sinal da saúde financeira da Prefeitura, em tempos onde pagar salários em dia é surpresa, e atrasar é regra.
O parto da notícia
Se o prefeito Miki Breier perder Juliano Paz é como Cachoeirinha perder seu primeiro ministro.
E não é fácil achar alguém que saiba exercer o poder com respeito, como faz o secretário de governo.
A única explicação para Juliano voltar para assessoria do PSB na Assembleia Legislativa é preservá-lo de um governo que enfrenta um caos nas contas, obra da crise, mas também do próprio partido.
Mas isso seria oportunismo e covardia.
Gastem à vontade!
O Seguinte: revelou com exclusividade que os vereadores de Cachoeirinha podem gastar até 300 mil em gasolina, até o final dos mandatos em 2020.
Isso além dos salários de mais de R$ 12 mil.
Meio milhão já foi queimado desde a criação do penduricalho em 2011.
Mas a fraca repercussão social mostra que o eleitor já jogou a toalha, mesmo.
Envenenados contra a Estre
Não será fácil para Estre instalar sua central de resíduos e termelétrica em Glorinha. Sob a justificativa de contaminar o Banhado Grande, o Conselho Deliberativo da APA já está bem envenenado para dizer ‘não’ à gigante do lixo na América Latina.
Ninguém disse, sou testemunha.
Prometeus News
De Prometeus, uma das 67 luas de Saturno, informam que um vereador vai para onde Bolsonaro for.
E em 2020 concorre a prefeito na sua aldeia, nem tão de anjos assim.
Utilidade pública
Para encerrar, um aviso de utilidade pública: mulheres, cuidado com a pouca vergonha de dar a luz nuas, o MBL está de olho!
