polêmica

Sem Gravataí, Sartori lança PPP da Corsan

Prefeito não participará nesta terça do lançamento da primeira parceria público-privada do governo Sartori

A Corsan segue o cronograma parecendo não detectar que a Gravataí de Marco Alba é uma adutora prestes a romper a primeira Parceria Público-Privada do governo Sartori – negócio envolvendo nove municípios da região metropolitana onde jorra o dinheiro dos serviços de água e esgoto.

O edital da PPP já foi publicado nesta segunda. Na terça, a consulta pública será lançada pelo governador e ficará disponível para sugestões pela internet clicando aqui. E março de 2018 é o prazo para, após uma licitação internacional, assinar o contrato.

Mas, como dizia Garrincha, ‘faltou combinar com os russos’ – no caso, com a Prefeitura da ‘capital da falta de água’.

– Já informamos nossa posição à companhia e ao governo estadual: temos nosso projeto de concessão para beneficiar a comunidade de Gravataí – resumiu há minutos o prefeito, pouco antes de iniciar a reunião da Gestão Participativa na Morada do Vale.

Marco Alba não participará da cerimônia desta terça no Palácio Piratini, em Porto Alegre, e conta os dias para licitar a concessão dos serviços no município com uma meta de levar água para todos em cinco anos, esgoto tratado em 10 e recuperar o Rio Gravataí em 15.

– Trabalhamos para abrir a licitação até o final do ano – calcula o secretário de Habitação, Saneamento e Projeto Especiais de Gravataí Luiz Zaffalon, que com o necessário rompimento do contrato admite uma disputa judicial por décadas com a Corsan, aos moldes do que ocorreu em Novo Hamburgo (na municipalização) e Uruguaiana (na privatização).

Ao fim, parece ter apostado errado quem acreditava que o anúncio do rompimento e de uma concessão municipal era apenas um artifício do prefeito para barganhar privilégios para Gravataí na PPP.

– A Corsan que participe da nossa licitação – desafia o prefeito.

 

O que diz Marco Alba

 

Negócio de 2 bi

 

Como o Seguinte: antecipou com exclusividade, o negócio proposto pela Corsan coloca a operação de tratamento de esgoto de nove municípios da região metropolitana nas mãos da iniciativa privada por 35 anos. O projeto prevê que a empresa concessionária invista R$ 1,85 bilhão, mas já passe a explorar a partir do ano que vem os ativos da Corsan engordados por meio bilhão de investimento público do PAC 1 e 2 em Gravataí, Cachoeirinha, Viamão, Alvorada, Canoas, Sapucaia, Eldorado, Guaíba e Esteio.

A meta é que os serviços, que chegam hoje a apenas 24% da população de mais de 1,5 milhão de habitantes, atinjam 87,3% até 2028.

Conforme o presidente Flávio Presser, a ‘concessão administrativa’, onde a cobrança das tarifas continua feita pela Corsan, que paga a empresa pelas obras e conforme a ligação dos usuários às velhas e novas redes é a alternativa encontrada para que a estatal possa buscar outros financiamentos para fazer frente ao plano de expansão em todo Rio Grande do Sul, estimado em R$ 10 bilhões até 2043.

 

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