olhos nas eleições

EXCLUSIVO | Bordignon vai a justiça para anular condenação

Daniel Bordignon entrou com uma ação rescisória para anular a condenação por improbidade administrativa que recebeu na Justiça de Gravataí e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela contratação de mais de mil funcionários na Prefeitura de Gravataí em seus governos entre 1997 e 2004.

A ação, assinada pelo advogado Jauro Duarte Von Gehlen, pede liminarmente a reversão da suspensão dos direitos políticos, o que, desde o ano passado, impede o ex-vereador, ex-prefeito e ex-deputado estadual de concorrer a cargos públicos até 29 de setembro de 2020.

A ação foi protocolada no Tribunal de Justiça (TJ) gaúcho na quinta-feira e nesta sexta já chegou à mesa relator, desembargador Ricardo Torres Hermann – que não fazia parte do pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que em 23 de setembro de 2016, por 6 a 0, impugnou a candidatura de Bordignon a prefeito em 2016.

 

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O texto da ação, com a argumentação do ex-prefeito, ainda não está disponível no site do TJ.

Politicamente a leitura é simples. Ao pedir a apreciação da ação com urgência, Bordignon tenta reacender, às vésperas de mais um ano eleitoral, a esperança de criar condições jurídicas para novas candidaturas, em 2018 e 2020. Impedido de concorrer à Prefeitura em 2008 e 2012, foi o candidato mais votado em 2016, chegou a ser declarado prefeito por sete horas, mas teve a eleição anulada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

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‘Grande Eleitor’ – por ter os considerados ‘postes’ Sérgio Stasinski (2004) e Rita Sanco (2008) no currículo de ungidos por ele que chegaram à Prefeitura – Bordignon manteve o sobrenome nas urnas ao lançar a esposa Rosane candidata na eleição suplementar de abril onde, por menos de 5 mil votos, a vereadora perdeu para Marco Alba (PMDB), prefeito candidato à reeleição.

 

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Maior estrela do PT de Gravataí desde a fundação no início dos anos 80 até março de 2016, no último um ano e seis meses Bordignon assumiu o controle do PDT, hoje comandado com mão de ferro após a saída do grupo de seu ex-vice Cláudio Ávila – hoje um dos inimigos da vez.

 

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O silêncio de seu séquito mais próximo sobre a ação rescisória parece proporcional à euforia e esperança de ter o caudilho nas urnas, pelo partido de Leonel Brizola, antes de 2022, já que, se nada mudar, a pena só será cumprida após o prazo de registro de candidaturas em 2020. O Seguinte: tentou contato com o ex-prefeito e pessoas próximas a ele, mas até o fechamento do artigo não houve retorno para entrevista.

A qualquer momento, mais informações.

 

Assista ao clipe da eleição de Bordignon, depois anulada pelo TSE

 

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