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EXCLUSIVO | Plano Diretor não impede Estre em Glorinha

Alteração no Plano Diretor feita em 2016 ampliou zona para aterros sanitários

O Plano Diretor de Glorinha permite a instalação da polêmica central de resíduos e termelétrica que a Estre Ambiental SA projeta para uma área de 230 hectares na Vila Nova, a 6 quilômetro do Centro.

Mais: uma alteração enviada pelo ex-prefeito Renato Raupp (PMDB) e aprovada no ano passado com o voto de vereadores que hoje lideram o movimento contra o aterro sanitário ampliou para a zona central a possibilidade de instalação de “cemitério, estação de tratamento de água e esgoto, central de deposição ou reciclagem de resíduos sólidos domiciliares ou industriais, indústria ou depósito de materiais explosivos ou inflamáveis”.

Em outras palavras, conforme a documentação a que o Seguinte: teve acesso as leis de 2004 e 2016 permitem que um aterro sanitário possa ser instalado em frente à Prefeitura ou ao lado da Igreja, por exemplo.

– Fizemos uma alteração em um número romano que estava errado na lei original, e alteramos uma subzona para regularizar a estação de tratamento de esgoto da Corsan, que tinha sido inaugurada no Centro sem previsão no Plano Diretor – justifica Leonardo Vargas (PMDB), sobre a modificação na legislação que é o conjunto de regras para instalação de empresas, indústrias e edificações no município.

O ex-vereador, que em 2016 votou a favor da lei que ampliou a zona de permissão para aterros e hoje é apontado como o ‘líder político’ do movimento do ‘não’ à Estre, admite que o Plano Diretor não representa um impedimento à instalação em Glorinha da gigante do lixo na América Latina.

– Mas a Fepam já negou o primeiro pedido da empresa e há ainda o Conselho da APA do Banhado Grande e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí – argumenta, apostando nos órgãos ambientais licenciadores para barrar o projeto de R$ 100 milhões no município.

São esses zeros após a vírgula do investimento e os cerca de 1000 empregos projetados pela Estre e afins que seduzem o prefeito.

– A médio e longo prazo, é bom para o município. Mas é a Fepam quem aprova ou não – diz Darci Lima da Rosa (PRB), sonhando com a atração de empresas sistemistas e um orçamento de R$ 60 milhões em quatro anos – o dobro de 2017.

O curioso nesta polêmica é que, quando a Estre não aparecia no radar nem de políticos, nem de moradores 24h e nem de sitiantes de Glorinha, e havia no Rio Grande do Sul apenas o monopólio do lixo por outro grupo gigante, o Solvi, a Câmara poderia ter proibido aterros sanitários no ‘paraíso entre a Capital, a Serra e o Litoral’.

Só que os vereadores fizeram o contrário: ampliaram as terras possíveis para este tipo de empreendimento.

 

Quem aprovou

 

A alteração no Plano Diretor enviada pelo governo Renato Raupp (PMDB)-Leopoldo Feio (PP) foi aprovada por unanimidade em 12 de abril de 2016 pelos vereadores João Carlos Soares (PP), Eduardo dos Santos Pires (PMDB), José Flávio Ckless Soares (PSDB), Carlos Leonardo Vargas Carvalho (PMDB), Ademar de Oliveira (PDT), Delmir Euclides de Melo Maciel (PSD), Almiro Alibio Modinger (PP), Jairo Assis da Silva (PMDB) e Jorge Fagundes da Silva (PMDB).

 

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