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Stédile, de Cachoeirinha para o comando do PSB gaúcho

José Stédile, deputado federal em segundo mandato e ex-prefeito de Cachoeirinha entre 2000 e 2008, comemora a eleição de agora há pouco

O novo presidente do PSB gaúcho chama-se José Stédile, deputado federal em segundo mandato, ex-prefeito por oito anos e, incontestavelmente, ainda a maior liderança política de Cachoeirinha.

Por 457 a 282, uma vitória maiúscula sobre Beto Albuquerque, todo poderoso entre as altas rodas da política e atual presidente, conquistada por um gringo que percorre quilômetros semanais pelo interior gaúcho e suas peculiares características.

Com apoio do deputado federal Heitor Schuch e do deputado estadual Elton Weber, curiosamente, apesar de contar com a fidelidade do ex-prefeito Vicente Pires, Stédile não tinha o apoio de Miki Breier, prefeito que ajudou a eleger em sua terra há pouco menos de um ano.

E teve tintas de Salvador Dali o quadro surreal do momento vivido pelos dois expoentes socialistas de Cachoeirinha: Miki fez a defesa de Beto, contra Stédile, durante o congresso deste sábado, e seu número 1, Juliano Paz, comandou a mesa eleitoral, também abrindo voto para Beto – que tinha ainda entre apoiadores o presidente da Câmara Marco Barbosa e Anabel Lorenzi, ex-candidata a prefeita de Gravataí.

Em meio a flashes e gritos de comemoração, principalmente de caravanas de pequenas cidades, Stédile falou rapidamente ao Seguinte:, há minutos.

– Vencemos com a ideia de interiorizar o partido e ir aonde poucos chegam. Quero já a partir de hoje buscar a unidade. O partido não pode ser só de uma pessoa, mas de todos – resumiu.

Perguntado sobre o curioso fato, que chama atenção tanto de partidários quanto de analistas políticos, que é um presidente estadual oriundo do interior ter sido eleito sem o apoio do prefeito de sua cidade, Stédile sorriu e, antes de voltar para a festa, despediu-se:

– Deixa eu comemorar o resultado. É uma honra ser presidente do meu partido. Falamos com calma mais tarde – disse o candidato vencedor que, às vésperas da eleição, enfrentou também rumores de que estaria trocando o PSB pelo PDT.

Restringindo a análise entre a ponte e a 59, dá para dizer que, no primeiro teste de força política entre Stédile e Miki, o criador venceu a criatura.

 

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