Uma grande referência na nossa região são os morros areníticos da formação Botucatu, visíveis desde a nossa capital, Porto Alegre.
Rochas que apresentam características a base de quartzo e argila, de ambientes desérticos, que o vento transportava e selecionava. Os graus de quartzo eram de ambientes em que a água foi o agente transportador, deixando marcas de grandes paleodunas que podem ser percebidas de longe.
Estes detalhes geológicos devem ser recheados pelo uso já que atualmente estes morros areníticos estão sendo ocupados de modo irregular, por pequenos lotes, sem a mínima infraestrutura urbana.
Não bastasse o ambiente geológico, a vegetação de mata atlântica tem sofrido pesada agressão por causa deste processo mercantilizado de uso do solo.
Olhemos então para um ambiente que deve ser trabalhado com todas as suas fragilidades naturais, e que armazena um dos maiores aquíferos de água do mundo na borda da bacia hidrográfica do Rio Gravataí, o Morro Itacolomy.
Utilizado para a prática de trilhas, a pé ou com bicicletas, alpinismo e de contemplação, deve ser urgentemente transformado em uma unidade de conservação para que possamos manter a integridade deste que tem um ambiente extremamente frágil.
Também utilizado pelo setor de mineração, que abastece a construção civil com suas pedras de alicerce, tenta equilibrar-se entre esta exploração e a proteção ambiental, mesmo que a necessidade cada vez maior por bens minerais leve o extrativismo à sua porta.
Do morro ao rio, nossas bandeiras não podem ter limites, Nem proprietários já que são um patrimônio inmaterial. É o não tangível e que não pode ser mensurado pelo capital financeiro ou por bandeira de salvadores do mundo.