A grande capacidade do ser humano se adaptar às mudanças sociais é espetacular. Uma recente leitura sobre o movimento ambientalista gaúcho realizado, por integrantes de entidades reconhecidas no Rio Grande do Sul, me fez refletir sobre o contexto da evolução do movimento ambientalista.
Vivemos um caos na política nacional, total falta de credibilidade nas instituições por causa da desagregação na postura de dirigentes que deveriam ser exemplares, por terem a missão de defender o coletivo.
Quando olhamos que o grande desastre de Minas Gerais, em Mariana, continua sem punição, a relação com o momento é feita de maneira direta, em que malas de dinheiro e gravações não possuem nenhum valor diante dos poderes enraizados em uma sociedade podre.
O acidente ocorrido em Minas nos reporta para a fragilidade da proteção ambiental, onde não foi possível encontrar e punir os verdadeiros culpados pelo maior desastre no meio ambiente do Brasil.
Imaginemos quantas e quantas omissões acontecem todos os dias nos licenciamentos ambientais, que podem nos impactar diretamente, e que não percebemos até que os acidentes aconteçam.
Ou vivemos com a utopia de um mundo justo, no qual as pessoas não passem fome e tenham todos os seus diretos sociais atendidos, ou entramos na descrença de uma humanidade que não consegue proteger os mais frágeis, como as flores.