Já conhece o Sinesp Cidadão?
Trata-se de um aplicativo oficial do governo federal para que você consulte placas de veículos suspeitos e a situação de pessoas perante a Justiça.
Este sistema foi desenvolvido pelo SERPRO, sigla de Serviço Federal de Processamento de Dados, e usa dados obtidos de fontes oficiais como Detran, Tribunais de Justiça e Delegacias de todo o país, e está disponível para Android e iPhone.
Vamos ao tutorial de uso:
Dentro do aplicativo há três opções que interessam ao nosso caso que são: Desaparecidos, Veículos e Mandado de Prisão.
: Na opção de Desaparecidos é possível inserir nome, nome da mãe e data de aniversário para saber se uma pessoa figura como desaparecida.
: Já em Mandado de Prisão você terá de inserir também nome, nome da mãe e algum documento como por exemplo RG ou CPF do suspeito mas há também outros documentos oficiais na lista como número de passaporte ou PIS. Esta pesquisa usa dados do Banco Nacional de Mandados de Prisão que é alimentado pelo Conselho Nacional de Justiça através das comarcas que expedem as prisões dos procurados. Em caso negativo no retorno da consulta é exibida em tela a respectiva informação.
: Certamente a opção do SINESP mais usada é a Veículos. Ao selecioná-la, basta inserir a placa de qualquer veículo automotor e aguardar o resultado. Em caso de tela verde, vai aparecer a frase “Situação Legal” e logo abaixo a marca, modelo, ano, cor, cidade e uma parte do chassi.
Mas em caso de tela vermelha, o seu celular vai vibrar e uma frase dirá que o automóvel é roubado e que você deve repassar essa informação ao telefone 190. Estes dados são fornecidos pelo DENATRAN através de informações de Detran’s de todos os estados mais as delegacias.
Use este aplicativo e ajude a Brigada Militar a tirar das ruas o que não é para estar nas ruas. Faça sua parte 😉
A surpresa da semana
E o portal Terra encerrou suas operações sexta passada em sete países.
Sem dar explicações e sem fazer alarde, a empresa espanhola Telefônica encerrou as atividades do site Terra na maioria dos países onde atua, incluindo o Brasil, mas devido a contratos e parcerias em aberto, por aqui o site não tem prazo para fechar. Desde sexta-feira passada, os clientes dos emails @terra dos países afetados, como o México, estão sendo orientados a fazerem backup de suas mensagens para posterior migração para outros provedores.
No Brasil, a Telefônica já atuou com o nome Telefônica Celular (atual Vivo), Telefônica Fixa (em São Paulo) e recentemente adquiriu a operadora GVT e unificou todos os seus serviços para a marca Vivo.
O Terra Brasil é gaúcho
Lá por meados de 1996, existia um provedor de internet chamado NutecNet que à época figurava como segundo maior em números de assinantes, atrás do UOL. Como a concorrência estava se armando naqueles tempos, eram necessários aportes financeiros na empresa e o Grupo RBS adquiriu o controle acionário e o transformou em portal ZAZ. Com 100 mil assinantes em 1998, o portal faturou R$ 42 milhões, mas novos concorrentes começaram a chegar e novos investimentos deveriam serem feitos. Os acionistas minoritários levaram ao conhecimento do conselho de administração da RBS esta necessidade, mas ouviram da família Sirotsky que o cofre permaneceria fechado para este fim.
A saída
Possíveis sócios foram sondados, como AOL, Yahoo! e Microsoft, mas quem viria de verdade para abalar as estruturas seria a Telefônica. Por U$$ 300 milhões, o ZAZ foi vendido ao conglomerado espanhol. Mas o Grupo RBS e a Telefônica estavam sempre brigando por causa das privatizações da telefonia que começaram em 1998, sendo que as empresas tinham uma parceria para tentar adquirir o que hoje conhecemos por Oi Celular. Como a Telefônica arrematou a Telesp (telefonia fixa de São Paulo) por R$ 6 bilhões, a parceria com a RBS acabou desmanchada, a Tele Centro Sul (hoje operadora Oi) foi parar na época nas mãos da TIM.
Furioso por ter perdido a oportunidade de ter uma operadora, o Grupo RBS saiu da parceria do ZAZ e o portal virou Terra Networks, faturando no primeiro ano solo U$$ 80 milhões sendo que em 2000 a empresa se fundiu com a empresa americana de buscas Lycos, num negócio avaliado em U$$ 7,1 bilhões.
Podemos concluir, que mesmo com tanta polêmica, o Terra Brasil é sim gaúcho e todo mundo bom gaúcho se envolve numa discussão alguma vez na vida!
Agradecimentos ao autor Eduardo Vieira, do livro Os Bastidores da Internet no Brasil, no qual foi possível fazer uma resenha da parte que conta a história do Terra (página 49 a 52), ocasião em que o portal anunciou final do mês passado seu encerramento.
Livro que recomendo por sinal, pra quem usa internet e tem interesse em saber como ela nasceu no Brasil, vale a pena.
Até a próxima!