Como a coluna previu há uma semana, Jones Martins (PMDB) já entrou no radar da Rede Globo ao aparecer como favorito do Palácio do Planalto para ser o relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados do processo por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB), apresentado ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, nesta segunda.
Agora à noite, no Jornal Nacional, o deputado federal de Gravataí foi entrevistado sobre doação de R$ 100 mil que recebeu de Temer para sua campanha em 2014 e o tornou alvo da oposição na CCJ.
– Foi uma contribuição oficial e transparente, declarada à justiça eleitoral. Não há nada de ilegal. Isso não me vincula ou desvincula a nada. Se for o relator, darei um parecer técnico, à luz da Constituição – disse Jones ao Seguinte:, há minutos, de Brasília.
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O advogado – pela ligação com o número 1 de Temer, o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha, e pela defesa do governo que rendeu inclusive um telefonema do presidente após discurso que fez na Câmara contra a renúncia quando foi revelada a delação de Joesley Batista – acredita que só na próxima semana o relator seja escolhido.
– Hoje não sou, nem sou – resumiu, ao celular, antes de voltar para mais uma reunião com a bancada federal do partido.
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