Prefeito fez vistoria às casas que vão abrigar famílias removidas da Vila Maria, bem na divisa com Cachoeirinha
As 99 casas já estão prontas, pintadas e com o inconfundível sistema de aquecimento de água ornando o telhado, mas a estrutura do pequeno condomínio ainda precisa de finalização.
Parte das ruas, apesar de calçadas, apresentam poças.
– Chama a empresa aqui e manda arrumar isso antes da entrega – orienta Marco Alba diretamente ao secretário de Obras, Paulo Martins.
Fora isso, tudo parece em ordem.
– Não tem nem comparação com nada a situação que essas famílias vivem na Vila Maria hoje. Essas casas serão o novo lar delas. E o melhor é que, nesse caso, conseguimos manter todos em uma comunidade próxima, não tem nem a ruptura que acontece quando se mudam para muito longe – avalia o prefeito, que convidou o Seguinte: para acompanhar a sua vistoria às casas do condomínio.
Cada casa tem dois quartos, um banheiro e uma cozinha conjugada com a sala. Nos fundos, um pequeno pátio que serve também como área de serviço. Ao todo, 48m² – todas elas com o sistema que utiliza o calor do sol para aquecer a água. A janela da frente chama a atenção pelo tamanho.
– É para garantir iluminação natural – conta a coordenadora de Habitação da Prefeitura, Luciane Ferreira, que também esteve na vistoria.
Além disso, o condomínio conta com um centro comunitário, uma praça, portaria e cancha esportes. Um chimarródromo, pedido feito pelos futuros moradores, também foi incluído no projeto.
– O investimento total aqui foi de R$ 6,5 milhões.
Luciane conta, ainda, que as famílias que vão receber as casas vêm se reunindo com a Prefeitura.
– Tivemos um encontro preparatório em que cada um conheceu a casa que vai receber, a estrutura do condomínio. Estamos orientando todos, encaminhando para os programas sociais que dispomos, encaixando tudo para que essa mudança seja não só uma troca de endereço, mas uma mudança de vida.
A Vila Maria fica bem na divisa de Cachoeirinha com Gravataí, numa área que fica entre os fundos da Nutrela, nas proximidades da escola Olenca Valente, e os fundos do Parque da Matriz, na cidade ao lado. Até meados dos anos 90, havia uma dúvida sobre a que cidade a comunidade pertencia e a Vila Maria acabava esquecia por ambos os governos.
A comunidade é dividida pelo canal que sai do bairro Bom Princípio e vai até o Rio Gravataí – e este é o principal motivo para a área ser considerada de risco: a cada chuva, tudo alaga.
– Aquela comunidade viveu anos atravessando por dentro do canal ou por um pontilhão improvisado. Agora vai morar com dignidade – antecipa Marco Alba.
Na área onde hoje a comunidade está instalada, a prefeitura deve recompor a vegetação para evitar novas invasões.
