rumo a Praga

Diário de viagem – 13º dia

Quinta, decidimos passar a manhã batendo perna pelas ruelas do Centro Histórico de Praga, onde paramos a cada minuto para espiar as vitrines, apreciar os detalhes das fachadas, observar a gente que lota os cafés o dia inteiro, sentir o cheiro de canela do trdelník., o doce mais popular da República Tcheca…

Em uma loja especializada em marionetes de fio, fiquei encantada com dois bonecos que estavam na vitrine e, ao entrar, para verificar seu preço, soube que ambos eram de autoria de um bonequeiro renomadíssimo e, portanto, bastante caros. Lá dentro, havia dezenas de outros, agrupados de acordo com sua autoria, e juro que, se tivesse dinheiro sobrando, arremataria todo o lote para levar ao Brasil.

Esta arte remonta, por aquí, a meados do século XVII, e é tão importante, que há, no Centro Histórico, o Teatro Nacional de Marionetes, que oferece obras originais, utilizando marionetes feitas de madeira talhada e pintadas à mão. A obra emblemática do repertório é Dom Giovani, inspirada na famosa ópera de Mozart, que teve sua estréia em Praga em 1787. A representação é feita na língua original, o italiano.

Depois de almoçarmos em um restaurante de comida típica, fomos para a Praça da Cidade Antiga, encontrar Rafael, também galego e historiador, como o guia do free walking tour que havíamos feito na quarta, para conhecer o Castelo de Praga.

O Castelo, construido no século IX, está localizado na Colina Hradcany, em cuja encosta encontra-se o bairro de Malastrana, ocupado por embaixadas, instituições e residências de tchecos adinheirados, como os Lobkowitz, que fizeram parte da nobreza tcheca desde o século XIII e que ainda hoje mantêm vários castelos no País, além de contar com um membro no ministério do presidente Milos Zeman.

Apesar dos sucessivos incêndios e invasões, o Castelo de Praga segue sendo considerado o maior do mundo, além de um dos mais suntuosos. Foi a residência dos reis da Boêmia, dos imperadores do Sacro Império Romano-Germânico, de presidentes da Checoeslováquia e da República Tcheca.

Ao terminar o tour, Tuca, eu e minhas filhas nos aboletamos em um dos cafés que há, lá no alto da Colina, de onde se tem uma vista espetacular do Rio Moldava e da cidade.

E, ao voltar para o Centro Histórico, fomos direto à Igreja de Saint Gillles, para assistir a um concerto da Orquestra Checa de Câmara de Cordas, que executou músicas de vários compositores clássicos, entremeadas com outras, executadas pelo premiado organista A. Bárba. Lindo!

A propósito, a Igreja de Saint Gilles, fundada em 1238 e reconstruída, em estilo barroco, em 1731, foi cenário do filme Amadeus, dirigido por Milos Forman, e seu órgão, de 1737, é considerado um dos melhores da cidade.

Um detalhe que nos impressionou, nessa Igreja, foi a baixíssima temperatura de seu interior, apesar de ser primavera. Menos mal que o estofamento dos bancos é aquecido por energia elétrica e distribuem cobertores para o público…

Ao chegar ao apartamento em que estamos alojadas, ficamos sabendo, pelo Facebook, da história da gravação que o dono da JBS fez do Michel Temer, e me deu muita pena de ter de deixar esta cidade de contos de fadas para voltar à vida real…

Mais fotos do tour de Sônia, as filhas e a amiga Tuca:

 

 

 

 

 

 

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