rumo a Praga

Diário de viagem – 12º dia

: Sônia e a cidade, ao fundo, vista da colina onde fica o Castelo de Praga

 

Quarta-feira, minha amiga Tuca e eu saímos cedinho do apartamento em que estamos, aqui em Praga, para comprar flores e uma torta para minhas filhas, que estavam completando 31 anos. Aliás, este foi seu pretexto para programar nossa viagem para esta época: comemorar seu aniversário comigo em um lugar com que eu sonhava há décadas.

A primavera é, realmente, a melhor estação para se vir à Europa, pois o inverno (Já passei um inteirinho aqui há muitos anos.) é lindo, mas rigoroso demais, e, no verão, há milhares de turistas em qualquer parte, em função das férias dos europeus e dos norte-americanos, o que torna tudo mais caro e mais complicado.

Decididas a começar nossa estada por aqui com um free walking tour pelo Centro Histórico, fizemos a reserva pela Internet e lá fomos nós para a Praça da Cidade Antiga, onde encontramos um verdadeiro formigueiro de turistas com destaque para os grupos de japoneses com seus paus de selfie, que também vimos aos montes nos outros lugares pelos quais passamos.

Por ali, guias ofereciam tours em todos os veículos imagináveis, incluindo carros antigos em perfeito estado de conservação, assim como tours a pé, como o que pretendíamos fazer, em inglês, alemão, espanhol, italiano, mandarim e outros idiomas.

Coube-nos, como guia, um historiador galego chamado Miguel, que, além de conhecer profundamente a cidade, demonstrou um imenso talento de comunicação: um professor nato.

Começamos nossa caminhada pela Igreja Nossa Senhora de Tyn, construída na segunda metade do século XIV, no lugar onde havia uma igreja românica. Sua história reflete as mudanças ocorridas no Reino da Boêmia ao longo dos séculos. Centro de pregadores reformistas, a igreja foi convertida ao culto hussita no século XV, tendo a cruz latina de sua fachada sido substituída por uma cálice de ouro (símbolo da Igreja Hussita), que ali permaneceu até a Reconquista Católica, quando foi fundido e substituído pela imagem de Nossa Senhora.

Ficamos impressionadas com o Relógio Astronômico, do século XV, que há na torre da antiga prefeitura da cidade, onde um multidão de turistas se reúne, de hora em hora, para ver as figuras alegóricas que dão ritmo ao tempo de dia e de noite.

Cada prédio do Centro Histórico merece uma paradinha, para que se possa apreciar os detalhes de suas fachadas, de suas aberturas e de seus telhados. Muitos deles ostentam esculturas ou pinturas de grandes artistas e, nos mais modernos, é comum que as fachadas sejam totalmente decoradas com desenhos que, de longe, parecem esculturas.

Como havia ocorrido em Viena, em Bratislava e em Budapeste, o guia fez questão de nos levar ao antigo bairro judeu da cidade, onde fica a deslumbrante Sinagoga Espanhola, cujo interior é decorado com motivos moriscos, que lembram a Alhambra, de Granada.

Por sugestão de Miguel, almoçamos em um restaurante de comida típica maravilhoso e, depois, saímos a bater perna pela cidade e aproveitamos para fazer compras.

Apesar de que, em termos gerais, só compro aquilo de que realmente preciso ou pelo que me apaixono, sempre acabo adquirindo  algumas coisinhas para a minha casa, além de roupas e, naturalmente, lembrancinhas, quando viajo.

E, como estou sempre atenta para não ter excesso de bagagem, cujo custo é muito alto, fico controlando para que a mala que despacharei, na volta ao Brasil, não passe dos 23kg, e a mochila que levarei dentro do avião, dos 5k, de acordo com o que autoriza a minha passagem.

Então, ao contrário do que faz a maioria das pessoas, não compro roupas novas para as viagens. Levo, isto sim, três mudas de roupa e dois pares de sapato usados e bem confortáveis. E, à medida que vou fazendo minhas compras, descarto o que já não me interessa. Em Viena, havia grandes urnas de coleta de roupas e calçados usados, de entidades assistenciais, em vários pontos da cidade. Aqui em Praga, ainda não sei como isto funciona.

Além das lojas das grifes de luxo e das principais cadeias de fast-food multinacionais, destacam-se, em Praga, as joalherias e as lojas de cristais da Boêmia, além das de souvenirs para turistas, que ofertam uma variedade enorme de produtos, entre os quais os que mais nos agradaram foram marionetes de fio e as louças de ágata.

Outra coisa fabulosa, por aqui, é a quantidade de concertos de música clássica que ocorrem todos os dias da semana em teatros, igrejas, bibliotecas e sinagogas, e os músicos de rua, que estão por toda a parte.

O que direi da minha primeira impressão de Praga? É tudo o que eu imaginava e muito mais! Uma cidade de conto de fadas! 

As fotos enviadas pela Sônia:

 

: O relógio astronômico na torre da Prefeitura de Praga, ponto de convergência dos turistas do mundo todo

 

 

 

 

 

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