opinião

Salários de Marco Alba, vice e secretários são iguais a 2012

Prefeito de Gravataí Marco Alba usa o próprio carro diariamente

Mexer no próprio bolso não é comum entre os políticos. Goste ou não goste de Marco Alba, o prefeito reeleito usa o próprio contracheque e o dos secretários para dar o exemplo do controle de gastos que tanto prega.

A reforma administrativa enviada à Câmara de Gravataí não mexe nos vencimento dos escalões mais altos da Prefeitura e os salários do prefeito e vice continuam congelados.

Os valores são os mesmos de 2012.

A economia sem reajuste nos quatro anos de Marco Alba é de R$ 1.645.344,67.

A pedido dele, além de não ter sido concedida a reposição da inflação no período, na última legislatura o salário foi congelado nos R$ 18 mil, mesmo valor de 2012, tal como o vice (R$ 12 mil) e os secretários (R$ 9,8 mil).

Para um trabalhador assalariado, os valores são altos, mas ainda estão entre os mais baixos nos serviços públicos de cidades de mesmo porte. Em Cachoeirinha, por exemplo, o salário do prefeito é de R$ 27 mil, o do vice R$ 20 mil e dos secretários, R$ 10,6 mil.

Fato é que se de um lado apontou que a crise permitiu dar apenas a inflação ao funcionalismo em 2013 (7,16%), 2014 (5,18%) e 2016 (8,34%), pelo menos de outro Marco sacrificou ele próprio e os seus.

Os vereadores, que ganham R$ 10 mil, também não aumentaram salários, mas tiveram as reposições da inflação, com exceção a 2016, ainda em discussão na justiça pela aprovação ter sido dentro do período eleitoral.

Na reforma administrativa, também há economia, como o Seguinte: revelou com exclusividade. São reduzidas de 23 para 19 as secretarias, fundações e autarquias, com fusões que, nas contas do governo, com o corte de 14 CCs e 123 FGs, aluguéis e custeio diário, vão economizar em quatro anos pelo menos R$ 2,4 milhões.

 

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A reforma reduz de 14 para 11 as faixas salariais dos 231 CCs, que ficam entre R$ 2.123,22 e R$ 8.951,96, mas com o objetivo de reduzir horas extras, melhora as gratificações para funcionários concursados exercerem cargos de chefia, que ficam entre R$ 815,68 e R$ 2.040.

E, um elemento que não merece passar despercebido é que o projeto enviado por Marco para a Câmara, como nunca antes em Gravataí, especifica onde cada CC vai atuar, aumentando a transparência e facilitando o acompanhamento das nomeações – todas publicadas no Diário Oficial online da Prefeitura.

Muitos podem achar uma bobagem elogiar um governo por ter congelado salários de prefeito, vice e secretário. Ou quando, diferente do passado, não cria mais cargos. É um forte argumento para estes o fato de que, com salários mais baixos, fica mais difícil atrair gente qualificada para o serviço público.

Mas, em meio a uma crise de desemprego recorde, o povo precisa de símbolos dos políticos, para acreditar um pouquinho mais na política.

Se está ruim para todos, ruim tem que estar também para os políticos e seus assessores.

Nisso, parabéns a Marco Alba, que está segurando o teto de todos os salários públicos – inclusive de alguns servidores concursados e celetistas, que com vantagens e privilégios do tempo poderiam estar recebendo bem mais que os R$ 18 mil do prefeito.

E uma saudação especial por, nos quatro anos, usar o próprio carro e não andar por aí cercado de seguranças e aspones.

Entendam como queiram essa opinião, mas quando o fim das mordomias dos políticos parece um fenômeno paranormal, é justo aplaudir os bons exemplos.

Para fazer o certo não precisa cúmplice.

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