Agora há pouco o secretário da Fazenda, Davi Keller Severgnini, recebeu uma ligação de Xangai, China. Era Roberto Dumas, representante do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, informando que Gravataí está na lista dos municípios onde há interesse da instituição financeira – operada por China, Rússia, Índia, África do Sul e Brasil – em investir 3 bilhões de dólares em infraestrutura e desenvolvimento sustentável.
O chamado 'banco dos mercados emergentes' incluiu Gravataí entre 26 municípios com mais de 200 mil habitantes elegíveis a financiamentos externos.
Na avaliação de rating, a nota de risco medida pelo banco do Brics, Gravataí subiu no ranking após a aprovação no ano passado do financiamento de R$ 100 milhões junto à Comissão Andina de Financiamentos (CAF), com o aval da Secretaria do Tesouro Nacional e da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) do Ministério da Fazenda.
Na próxima segunda-feira, Davi, o ‘gerentão’ do governo Luiz Zaffalon e o procurador-geral Jean Torman embarcam para Brasília para um primeiro contato com os representantes do NDB (New Development Bank).
– Principalmente os chineses querem investir em infraestrutura e desenvolvimento sustentável, onde entra o saneamento, que converge para nossa carteira de investimento dos R$ 100 milhões – observou ao Seguinte:, há minutos, o secretário da Fazenda.
No radar dos investidores
O prefeito Marco Alba também falou com a gente e comemorou o contato do banco do Brics como um ‘certificado’ de que Gravataí se enquadra nos indicadores avaliados por grandes investidores nacionais e internacionais.
– É a prova dos resultados daquilo que programamos e cumprimos nos últimos quatro anos. Novas potências do investimento mundial em infraestrutura colocam Gravataí em seu radar – observou Marco Alba, citando o mantra do governo “com responsabilidade fiscal e financeira, austeridade e controle rigoroso dos gastos”.
O BANCO DO BRICS
O New Development Bank, ou 'banco dos brics', é um banco de desenvolvimento multilateral, operado pelos estados do Brics.
A projeção de investimentos da instituição criada como uma alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional é na ordem de 800 bilhões de dólares, além de contar com um fundo de reserva de outros 100 bilhões de dólares para auxiliar os países sócios.