Apresentamos o pré-diagnóstico do Zoneamento Ecológico Econômico do Rio Grande do Sul, na reunião do Comite da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, nesta terça, na Associação Comercial de Canoas. A baixa participação de secretários municipais alerta mais uma vez para a falta de clareza do papel dos agentes públicos e reforça a política municipalista fracassada implantada em nosso Brasil.
No contraponto, tivemos mais de 100 lideranças e técnicos de todos os municípios do Vale do Gravataí preocupados com os caminhos que nosso Estado precisa seguir. Quando percebermos o tamanho da crise em que nos encontramos, pode ter certeza: fomos nós mesmos que criamos.
Um investimento de milhões de recursos públicos que poderão não ser utilizados para nenhuma serventia pelos secretários municipais é no mínimo preocupante em momentos de crise social, econômica e ambiental vivenciada hoje em nossa sociedade.
Mais uma vez reforçamos o papel dos comitês de bacias hidrográficas como uma estrutura de Estado que desenvolve sua missão independente dos governos de 4 e 4 anos.
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O Zoneamento Ecológico-Econômico é uma ferramenta de gestão econômica e ambiental, onde o Estado, a sociedade e os empreendedores terão como conhecer previamente as peculiaridades, vulnerabilidades, potencialidades e exigências ambientais de cada local ou região, contribuindo na definição de políticas públicas que possam proporcionar desenvolvimento do Rio Grande do Sul
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Não conseguiremos visualizar soluções regionais enquanto as políticas municipais continuarem a ser desenvolvidas de modo individual e sectário. Somos uma grande metrópole com vários gerentes eleitos, tentando buscar soluções que somente serão vencidas se forem organizadas de maneira regional.
Em 2009, ao realizar o Curso Internacional de Gestão Estratégica do Desenvolvimento Regional e Local desenvolvido pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe, foi possível entender melhor estes temas de maneira mais clara e objetiva. E destaco esta formação para transmitir a certeza de que tenho base técnica para alertar que este caminho de desarticulação regional só pode ter um resultado: o fracasso de nossas políticas públicas.