A Hellsinki começa pela sua aldeia, nesta sexta-feira, a turnê de lançamento do primeiro EP, que apresentará por bares e pubs da região metropolitana, e quem sabe depois interior gaúcho, Brasil e além.
Um bom show de encerramento seria na capital da Finlândia, que inspira o nome da banda, com um elezinho a mais que parece revelar um pouco do passado de som pesado dos integrantes, não?
Talvez por já trintões menos crus que o grunge que os inspirou pelos anos após a morte de Kurt Cobain, os músicos tocam na Confraria das Máquinas, uma das casas mais rockers da volta.
– Somos uma banda de Gravataí e o primeiro show tinha que ser nas nossas raízes – conta para o Seguinte: o baixista Bruno Vargas, que antecipa que o primeiro EP, nem tão EP assim por ter seis músicas, saiu neste 2017 e carrega o nome da banda.
Não opinando
Como um marginal do underground do underground, acho que descrever arte é uma das coisas mais chatas e imprecisas que há. Quem quiser algo assim, procure o Face do IA. A música, a pintura, a literatura e outras coisas que tantos fazem simplesmente por necessárias para viver (não estou falando em sobreviver) tocam as pessoas de diferentes formas, nas mais loucas ou modorrentas circunstâncias.
Por que atrapalhar em palavras percepções individuais, sublimes até, principalmente quando se misturam com cada uma de nossas pequenas porém invariavelmente egocêntricas existências?
Ouvi as poucas músicas que os guris da Hellsinki mandaram e curti. Do meu jeito. Poderia sair fazendo referências tipo as das matérias que eu lia na Bizz na época pré-internet, ou comentar as letras deles como quando no século passado procurava sentido em canções na Letras Traduzidas.
Quem sabe dissesse que, mesmo que não saibam ou odeiem, eles parecem carregar referências, além de tradicionais do grunge como Soundgarden e Pearl Jam, principalmente pelo característico e bonito vocal do André Buchfink, de coisas que vieram na cola como Muse, 30 Seconds to Mars ou – por essa talvez me odeiem – Creed e/ou Nickelback.
Mas esqueçam quaisquer referências. Ainda mais essa minha, fugaz e apinhada de lugares comuns.
Os muitos que ouvirem o trabalho dos caras pensarão por si e tirarão suas próprias conclusões, para o bem, para o mal ou para o nada – o inferno de qualquer artista.
Essa é a graça da arte.
A boa sensação que tive, nesse rápido contato com a Hellsinki, foi a vontade de ouvir mais coisas. Quando o disco sair, certamente procurarei e contaremos mais por aqui.
Como música se ouve, posto aqui Accelerate, o primeiro som demo. Não é um clipe oficial, mas um vídeo com letra.
O PRIMEIRO SHOW
QUANDO: Nesta sexta, 24 de março
ONDE: Confraria das Máquinas, em Gravataí
COMO VAI SER: É o primeiro show da turnê, então será na terra da banda, que sobe ao palco meia-noite também trazendo convidados em algumas músicas.
QUANTO: Ingresso masculino a módicos R$ 15 e mulheres free até 22h, e depois paga R$ 10.
A TURNÊ
24 DE MARÇO: Confraria das Máquinas em Gravataí
15 DE ABRIL: Frankenhaus Taver em Porto Alegre
22 DE ABRIL: No Holiday Studio Pub em Sapucaia do Sul
6 DE MAIO: Boteco do Ronaldinho Pub em Cachoeirinha
NAS REDES SOCIAIS
Site – https://www.hellsinki.com.br
Facebook – https://www.facebook.com/hellsinkirock
Youtube – https://www.youtube.com/channel/UCfgBSzi4B3UxAjYVRB1vwqA
Soundcloud – https://soundcloud.com/hellsinki-rock
Spotify – https://open.spotify.com/artist/08HGKIxRFZQOyovGPUaBZ9
Itunes – https://itunes.apple.com/us/album/accelerate-single/id1138741729
ReverbNation – https://www.reverbnation.com/hellsinki
A BIOGRAFIA
A seguir, a biografia enviada pela Hellsinki. Releases, quase sempre feitos pelas próprias bandas independentes, dizem muito sobre as ideias e, principalmente, sobre como os artistas gostariam de ser vistos.
“(…)
No final de 2014 surgiu a ideia de criar uma forma de manifestação onde o rock, a música, a arte, se solidificassem de forma concisa, fugindo dos novos métodos e estilos mais sintéticos de produção, buscando a beleza simples e humana dos formatos analógicos de décadas passadas. A banda vem formando sua identidade sem se preocupar com estilos e rótulos, criando com naturalidade e independência. As composições são todas em inglês, pois a banda vê a música como uma arte universal, onde o contexto artístico é o fator mais importante.
Idealizada pelo vocalista André Buchfink, recém saído de um projeto de pop-rock/post-grunge e o baixista Bruno Vargas, que na época atuava em uma banda de pop-rock, a Hellsinki passou por um ano de planejamento, reuniões e composições de suas primeiras músicas. Neste momento, o baterista era Roberto Capriolli, que também era baixista e vocalista na banda Terceiro. Após alguns testes, passa a integrar a banda o guitarrista Felipe Minuzzo, da extinta banda de metalcore, Black Chapter.
Buchfink na época tocava guitarra e queria se dedicar mais aos vocais da banda. Indicado por Capriolli, o guitarrista Diego Oliveira da banda independente de hardcore NOX, é convidado a assumir o posto. Em seguida, Capriolli deixa o projeto para se dedicar exclusivamente a sua banda de origem.
Após alguns shows com diferentes bateristas, em uma conversa no final de um dos shows, André apresenta o projeto ao baterista Tiago Barros, que havia saído da banda de hardrock, Sigma 7. Barros aceita o convite para participar do projeto, assim, a Hellsinki completa seu quadro com músicos experientes em diferentes vertentes do rock, diversificando ainda mais as influências da banda.
O single “Accelerate”, versão DEMO, primeiro trabalho da banda a ser gravado, foi lançado em fevereiro de 2016. O segundo single, “I Left It All Behind” foi lançado no início de agosto do mesmo ano.
Atualmente, a Hellsinki está em estúdio gravando seu primeiro EP homônimo, que trará quatro composições autorais inéditas e regravações dos primeiros singles, já lançados em formato DEMO. O primeiro show de lançamento do EP está marcado para 24 de março na confraria das máquinas em Gravataí.
(…)”