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O psicanalista das massas

Ele é um cara que enfia o pé no barro pra andar junto com a gente, diz a militante Maria sobre Boulos | Foto JOSÉ CÍCERO

A maior liderança dos movimentos sociais é um filósofo e psicanalista que vive na militância desde os 15 anos. Conheça Guilherme Boulos, 34 anos, e entenda por que o MTST dobrou de tamanho em quatro anos

 

Pouco a pouco, as lonas pretas vão se abrindo sobre as estruturas de bambu e ferro, formando as tendas que passam a abrigar colchões, cadeiras e um fogão. Pessoas que saem do trabalho reduzem a velocidade dos passos, curiosas para saber o que interrompe o trânsito na movimentada esquina da avenida Paulista com a rua Augusta – no coração de São Paulo – naquele fim de tarde de 15 de fevereiro. No pequeno carro de som, Chico Buarque e Racionais MC’s convivem com funks conhecidos em versão de luta – “A militância me deu onda”. A trilha anima cerca de 20 mil pessoas que saíram caminhando do largo da Batata ou da praça da República, debaixo do sol forte, e agora ocupam a calçada em frente ao escritório paulista da Presidência da República. A principal reivindicação é a retomada da faixa 1 do programa federal Minha Casa Minha Vida para famílias com renda de até R$ 1.800 por mês, mas eles também gritam “fora, Temer” e protestam contra as mudanças nas reformas trabalhista e da Previdência.

À frente do ato, está o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, que sobe e desce do carro de som, intercalando palavras de ordem no microfone com negociações com a PM. Quando está no chão, o líder conversa com militantes que conhece pelo nome, provenientes de caravanas vindas de ocupações de toda a cidade. Cumprimenta, bate um papo rápido, dá instruções. Quando está no alto, imposta a voz e se dirige à multidão na primeira pessoa do plural: “Para todos aqueles que desacreditaram da nossa luta, para o sr. Michel Temer, para todos aqueles que estão incomodados, o nosso recado é direto e reto: daqui não arredamos pé até ter nossa conquista nas mãos. Não tem arrego: ou negocia, ou não vai ter sossego”.

Boulos tem voz de comando, mas suja os sapatos visitando uma a uma as ocupações do movimento. Para conhecer mais sobre ele, o Seguinte: recomenda a leitura da reportagem completa produzida pela Agência Pública clicando aqui.

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